Cresce a lista de empresas ligadas ao setor aéreo que já deixaram a Rússia

Foto: TASS

A cada dia que passa, cresce o número de empresas aeroespaciais ocidentais encerrando ou suspendendo com negócios ou serviços na Rússia e Bielorússia, após a invasão do país de Vladimir Putin à Ucrânia. A maior parte das decisões é justificada pela necessidade de atender às sanções ocidentais.

Os desdobramentos dessas decisões ficarão mais claros na medida em que o tempo passa, mas certamente haverá impactos em todo o mundo, mas muito mais na Rússia. Abaixo, está uma lista de empresas que já se posicionaram quanto ao assunto:

Embraer, Boeing, Airbus e Bombardier suspenderam o fornecimento de peças, manutenção e serviços de suporte das companhias aéreas russas.

– A CAE suspendeu todos os serviços de treinamentos a pilotos de companhias aéreas rusas, operadores de aeronaves e até seus serviços para o mercado de saúde. A empresa também disse que deixaria de vender e consertar simuladores.

– A Honeywell divulgou um comunicado afirmando que suspendeu todas as atividades de vendas, distribuição e serviços na Rússia e na Bielorrússia. 

– A Raytheon Technologies, empresa controladora da Collins Aerospace, suspendeu as vendas e serviços de suporte para a indústria de aviação civil da Rússia.

– A Jeppesen, empresa do grupo Boeing, informou que não mais atualizará as cartas de navegação de aeroportos e espaço aéreo russos.

Amadeus e Sabre descontinuaram suas parcerias com a Aeroflot, a transportadora de bandeira nacional da Rússia. As passagens da Aeroflot não podem mais ser encontradas nos principais buscadores.

– As gigantes mundiais da logística UPS, FedEx e DHL suspenderam operações e remessas na Rússia e na Bielorrússia.

– A Shell disse estava suspendendo seu serviço de fornecimento de combustível de aviação nos aeroportos de Moscou e em toda a Rússia.

– A China, atendendo às sanções, também se recusou a fornecer peças de reposição a aeronaves de companhias aéreas russas. Oleg Panteleev, chefe da agência AviaPort, disse à Reuters que isso pode levar as companhias aéreas à canibalização de aviões estacionados, enquanto buscam suprimentos em outros países. 

Locadores de aeronaves estão obrigados a cancelar todos os contratos com empresas russas até o dia 28 de março. Enquanto isso, essas empresas trabalham fortemente na reintegração de posse dos aviões.

– A tudo isso soma-se o banimento dos voos de empresas russas para toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, incluindo a proibição de sobrevoos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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