A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) anunciou nesta segunda-feira, 17 de abril, a criação de um grupo de trabalho dedicado ao desenvolvimento do setor de carga aérea na região, o Comitê Estratégico de Carga.
A busca por este desenvolvimento do setor se dará por meio do debate de aspectos estratégicos da operação, bem como de projetos regionais que melhorem a competitividade e eficiência dos processos para o crescimento do setor.
Na primeira reunião do Comitê de Carga da ALTA, realizada no dia 31 de março, executivos da Aeroméxico, Aerolíneas Argentinas, American Airlines, Atlas Air, Avianca, Azul, Copa Airlines, Gol, Equair, interCaribbean, Latam Airlines, Lufthansa, TAP e Bahamasair elegeram Claudio Torres, diretor comercial da Latam Cargo para a América do Sul, como presidente do Comitê, e Leonel Ortiz, diretor de Desenvolvimento da Avianca, como vice-presidente.
Segundo a ALTA, este é um segmento chave para a indústria. A carga aérea, embora muitas vezes imperceptível para os usuários do transporte aéreo, é um serviço diário.
Mais de 40% da carga é transportada em aeronaves de passageiros. No entanto, é importante destacar que a proporção da capacidade oferecida em serviços exclusivos de carga aumentou de 12% em 2016 para 16% em 2021, e a capacidade oferecida em serviços domésticos cresceu de 24% em 2011 para 35% em 2021, segundo dados do estudo “Transporte aéreo de cargas na América Latina e no Caribe: análise integral do setor e recomendações de políticas públicas”, desenvolvido pelo BID, com colaboração da ALTA.
Este estudo mostra que Brasil e México juntos representam 70% da carga doméstica da região, enquanto 4 países concentram 60% da carga internacional: Brasil, México, Colômbia e Chile. Em 2022, a carga desses países ultrapassou seus níveis pré-pandêmicos: Brasil +11%, Chile +8,3%, Colômbia +8% e México +4%.
A sub-região que mais cresceu nos últimos 10 anos foi a América Central, com uma taxa anual agregada de mais de 17% entre 2011 e 2021.
Claudio Terry, diretor de Carga e Segurança da ALTA, comentou que parte da tarefa do Comitê é contribuir com um fórum de discussão para identificar os principais desafios da região e construir pontes de trabalho colaborativo com governos e aeroportos para lidar com regras claras, eficientes, inteligentes e padronizadas que visem ampliar o potencial de transporte de cargas na região.
“Este trabalho resultará em maior transparência, previsibilidade e redução de custos e prazos nos processos alfandegários e de controle de mercadorias, na melhoria das infraestruturas e em maiores possibilidades para os países exportarem e importarem bens que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico da população”, explicou Claudio Terry.
O comitê realizará reuniões virtuais regulares, e também uma reunião presencial, que será divulgada em breve.
