DECEA visita o Esquadrão Orungan, que opera Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA)

Imagem: DECEA

Objetivando conhecer as operações com Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA), no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou, na última quinta-feira (10), sob a supervisão da Seção de Coordenação e Controle de Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (DCCO8) do Subdepartamento de Operações (SDOP), uma visita técnica ao Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAv) da Base Aérea de Santa Cruz (BASC).

O 1º/7º GAv, Esquadrão Orungan, que tem por missão “preparar e manter suas equipagens e equipes de manutenção a fim de empregar seus meios nas ações de Força Aérea de Patrulha Marítima, Antissubmarino, Inteligência Operacional, Reconhecimento Aéreo, Controle Aéreo Avançado, Posto de Comunicação no Ar e Busca e Salvamento”, sedia duas das RPA utilizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), que atualmente cumprem operações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).

O Heron I (RQ-1150), aeronave fabricada pela Israel Aerospace Industries – IAI, evolui em porções do espaço aéreo que, segregadas ou condicionadas como áreas restritas, necessitam de planejamentos prévios, sempre visando à manutenção da segurança.

Muitas vezes, cenários como esse são resultantes de uma decisão colaborativa, em que se reúnem as partes envolvidas que apresentam suas necessidades, óbices e propostas, o que traz para o sistema um incontestável ganho operacional.

Como as operações correntes relativas às Aeronaves Não Tripuladas são tratadas pelo SDOP, e se desenvolvem também em outras áreas da aviação, a Divisão de Coordenação e Controle (DCCO) incluiu na equipe membros da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) e Divisão de Operações Militares (DOpM), fazendo do evento uma oportunidade interdisciplinar para a troca de expertises sobre as aplicabilidades desse novo componente aéreo.

Além do efetivo do Esquadrão Orungan, sob o Comando do Tenente-Coronel Aviador Cicero Vieira Ramos, estavam presentes representantes do Grupamento de Segurança e Defesa (GSD) da BASC, que utilizam Drones menores, como os Classe III, para a vigilância de perímetro.

O Major Especialista em Fotografia Éden Jorge Machado Bezerra, Chefe da Seção de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento do 1º/7º GAv, apresentou a estrutura funcional do Esquadrão, os Sistemas atinentes ao Heron I, processos de Certificação e de Formação dos Pilotos Remotos e os modos de operação empregados nas missões.

O DECEA e o Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) atuaram juntos, e explanaram sobre o planejamento das ações futuras, publicações e as atualizações normativas, assim como apontaram as demandas referentes às operações de rotina, voos irregulares, sanções administrativas e, dentre outros temas, apresentou quantitativamente os índices que englobam acesso, cadastro e solicitações dos voos por meio do Sistema para acesso ao Espaço Aéreo por Aeronaves Não Tripuladas – SARPAS.

Após as apresentações e debates sobre alguns estudos de casos, o Primeiro Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Fábio Augusto Lima Rennó, representando o CRCEA-SE, se reuniu com o Chefe do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA-SC) e com a equipe do Esquadrão Orungan para tratar especificamente da Carta de Acordo Operacional (CAOp) que será atualizada diante das novas necessidades.

Segundo o Chefe do Planejamento de UAS do SDOP, Major Aviador Andrei Oliveira da Silva Santos, “a interação entre o DECEA e o 1º/7º GAv vai produzir um incremento nas potencialidades das operações de aeronaves não tripuladas e na sua integração ao espaço aéreo”.

Para o Primeiro Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Eduardo Araújo da Silva, Chefe da DCCO8, o resultado do encontro foi muito além do esperado, pois em pouco tempo foi possível apresentar as ações do DECEA, receber as demandas do Esquadrão, conhecer suas práticas e atuar na concepção de uma nova CAOp.

“Achei que fôssemos apenas fazer as apresentações, ouvir as necessidades para construir uma CAOp e voltar para nossas Unidades e, de repente, o trabalho evoluiu e fomos muito além. O melhor da visita foi ao final ouvir, dos que nos receberam, que a nossa presença fez toda a diferença para a Organização. Missão cumprida”, ressaltou.

O Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (UAS – do acrônimo Unmanned Aircraft System) tem sido um assunto muito recorrente não só no escopo da FAB, mas entre outras Forças Armadas, entidades coirmãs, instituições públicas e privadas, além daquelas ligadas às pesquisas e indústrias. E o DECEA, como órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB), se mantém altivo na busca das melhores soluções.

Informações do DECEA

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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