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A maior associação de defesa dos animais do mundo exige que a Singapore Airlines sirva apenas comida vegana em seus voos para “lugar nenhum”.

A ação é movida pela PETA, sigla em inglês para Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais. Em sua divisão asiática, a PETA pede que a Singapore Airlines, uma das maiores empresas aéreas do mundo, faça seus voos para “lugar nenhum” com apenas comida vegana no menu a bordo.
A Singapore é a última empresa aérea a anunciar que vai entrar no mercado dos voos para “lugar nenhum”, ou seja, viagens que começam e terminam no mesmo aeroporto. O objetivo é promover sua marca num momento em que a maioria dos aviões está parada. Estes voos têm atraído bastante público na Ásia, que sente falta de voar ou nunca voou na vida, e agora vê uma oportunidade em meio à pandemia do coronavírus com fronteiras fechadas.
A tendência destes voos no leste asiático podem incluir os mais diferenciados pacotes, desde Dia dos Namorados, Festival Qixi e, mais recentemente, os voos do Festival da Lua. Empresas como a Eva Air, China Airlines, StarLux Airlines e All Nippon Airways já transformaram tais voos em algo corriqueiro.
“Considerando que a companhia aérea é comprometida para explorar oportunidades para seus funcionários e clientes ficarem envolvidos na proteção do meio-ambiente, servir comidas exclusivamente veganas nos voos para lugar nenhum é uma oportunidade de avançar em políticas pró-ativas”, afirma a PETA Asia em nota oficial.
A PETA afirma que a ONU aponta que hábitos alimentares veganos são necessários para combater os problemas climáticos, considerando que a produção e processamento de comida de origem animal produz até 70% das emissões de CO2 gerados da indústria alimentícia.
“A alimentação vegana está decolando no mundo inteiro e com passageiros preocupados em reduzir seu consumo de carbono, a Singapore Airlines não deve perder tempo para colocar isto à bordo”.
Na prática é quase impossível

A Singapore Airlines é de longe a companhia aérea mais premiada do mundo, e sinônimo de excelência no serviço de bordo. São refeições fartas e numerosas quando comparada a outras empresas, o qual já fomos testemunhas quando ela voava para o Brasil.
A mais de 10 anos a empresa já oferece opções vegetarianas e veganas em seus voos, com um grande cardápio alternativo. Porém, num voo puramente de turismo e entreterimento, oferecer apenas opções veganas pode ser um problema.
Além de quebrar em muito o perfil da empresa que sempre oferece o maior conforto aos seus clientes, oferece apenas comida vegana é um tanto quanto radical: não poderiam ser oferecidos nem queijos, por exemplo.
Sem o serviço de bordo completo da Singapore, o voo ficaria uma experiência incompleta, principalmente para aqueles que já viajaram com a companhia. Além disso cada passageiro segue sua dieta, e forçar isso para o cliente não é algo recomendado no ramo.
A empresa até agora não se pronunciou, mas é pouco provável que ela adote esta medida, mesmo que a queima de combustível no voo seja considerada “desnecessária”, já que afinal, vai a lugar nenhum.
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