Depois da escolha das aeronaves C-Series da Bombardier e A321neo da Airbus em acordos recentes de renovação de frota, a Delta Air Lines ainda demonstra interesse no novo projeto da Boeing para substituição dos modelos 757 e 767.
A companhia disse na última terça-feira que o novo jato médio da Boeing é um “interessante conceito”, em uma indicação, muito mais precoce do que esperava, de uma “reconciliação” com a fabricante norte-americana.
A Bloomberg reportou, também na última terça-feira, que a segunda maior companhia aérea dos Estados Unidos quer ser o cliente de lançamento do jato em desenvolvimento, citando informações que o Chefe Executivo da Delta, Ed Bastian, postou em um website interno da companhia.
O porta-voz da companhia Morgan Durrant comentou que “a Delta considera um interessante conceito que pode ser um substituto de longo prazo para os 757 e 767, e está ativamente engajada com a Boeing nessa questão, mantendo um diálogo saudável com a fabricante à medida que o programa evolui.”
A Boeing não informa detalhes sobre conversações específicas com a Delta ou outros potenciais compradores, mas seu porta-voz Tom Kim afirmou que a fabricante está engajada com seus clientes interessados: “Estamos engajados com nossos clientes e o feedback que temos recebido é de haver o desejo par um modelo maior que o 757 e com melhor alcance”.
O futuro da relação entre Boeing e Delta ficou bastante incerto depois que a Boeing pressionou o governo dos Estados Unidos a impôr taxas sobre a venda de aeronaves da fabricante canadense Bombardier a clientes norte-americanos. Além da perda da ação, a Boeing ainda viu a companhia aérea fechar a compra de 100 unidades do Airbus A321neo, que poderiam ter colocado fim na possibilidade de escolha do novo projeto da Boeing para substituir os 757 e 767.
O novo jato da Boeing, chamado de New Mid-Market Airplane pela Boeing e de “797” por analistas do setor, teria capacidade de 200 a 270 passageiros e alcance de 5,000 milhas náuticas (9,260 km). Se realmente for levado adiante, a Boeing espera que o modelo entre em serviço na metade da próxima década.
Com informações da Reuters.