Deputado entra com pedido para que “carona” a Lula em jatinho Gulfstream seja investigada

A viagem do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva ao Egito, para reuniões no âmbito da COP27, foi cercada de polêmicas, após revelações mostrarem que o jato tinha matrícula estrangeiro e pertencia a um amigo que fora anteriormente condenado.

Divulgação – Gulfstream

Após ser revelado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, que o jato que levou Lula à conferência COP27 pertence a José Seripieri Júnior, amigo de Lula, envolvido em corrupção e réu confesso na Operação Lava Jato, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem enfrentado uma chuva de críticas.

Desde o início, o AEROIN divulgou as informações do jato em primeira mão, identificando pela matrícula N600DJ e verificando que está registrado nos EUA como uma aeronave privada, em nome de uma entidade fiduciária. Logo, tal avião não poderia realizar voos fretados (pagos) saindo do Brasil. Essa havia sido a informação inicial do PT, mas foi desmentida mais tarde por Geraldo Alckmin, vice-presidente na chapa de Lula.

Por outro lado, todo esse imbróglio deu munição para a mídia e a oposição, formada principalmente por aliados do atual presidente, Jair Bolsonaro. Nesse contexto, o Deputado Federal Sanderson (PL/RS) solicitou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma apuração sobre as circunstâncias da “carona” (chamada de “empréstimo” pelo Deputado) concedida pelo empresário José Seripieri Júnior a Lula.

Segundo o parlamentar, “o valor do aluguel de uma aeronave desse porte (Gulfstream G600) gira em torno de US$ 10 mil a hora, tratando-se de um fretamento milionário cujas circunstâncias merecem urgente apuração, notadamente por ambos possuírem passagem criminal justamente pela prática de corrupção ativa e passiva”.

A base de alegação do Deputado gira em torno de uma possível violação de impessoalidade quando Lula tomar posse, numa suposta ajuda futura ao empresário Seripieri Júnior, que sempre esteve próximos de políticos como José Serra e o vice de Lula, Geraldo Alckmin – inclusive, Alckmin perdeu um filho num acidente aéreo a bordo de um helicóptero do mesmo empresário.

Este acidente ocorrido em 2015 vitimou 5 pessoas, dentre eles o filho de Alckmin, que estava como passageiro, o que não seria permitido, segundo a investigação do CENIPA revelou. O voo era de testes e o relatório do CENIPA apontou que o maior fator contribuinte foram erros de manutenção, que deixaram uma peça desconectada que ocasionou na perda de controle após a decolagem.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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