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Uma histórica descoberta é feita na construção do novo aeroporto do México

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Uma histórica descoberta foi feita durante os trabalhos de construção do novo aeroporto da Cidade do México. O local fica a cerca de 40 km da capital mexicana.

Fósseis Mamutes Aeroporto Cidade do México
Imagem: INHA

No final de maio desse ano, arqueólogos mexicanos identificaram mais de 60 ossadas como pertencentes a pré-históricos mamutes. Os fósseis foram encontrados durantes as obras de construção do novo aeroporto próximo à capital do país, a Cidade do México.

Os cientistas do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) identificaram os animais como pertencentes à era do Pleistoceno, de 12.000 anos atrás. Os ossos, segundo os pesquisadores, pertencem a animais adultos, machos e fêmeas, bem como a animais mais jovens e filhotes.

Mamute – Imagem: PxHere via Creative Commons.

Segundo o arqueólogo chefe Pedro Francisco Sánchez Nava, peritos do INAH tratarão os ossos para que se mantenham conservados. Eles posteriormente serão colocados em exposição no museu planejado que fará parte das instalações do novo aeroporto.

Os fósseis foram encontrados numa aérea situada entre a torre de controle e uma das pistas planejadas. O aeroporto está sendo construído no terreno da Base Aérea de Santa Lúcia. O novo aeroporto se chamará Felipe Ángeles International Airport.

Sanchez contou que provavelmente os animais morreram após ficarem presos na lama, em um lago que existia no local, que posteriormente desapareceu. O arqueólogo não descarta encontrar mais fósseis do gigantesco animal.

Cerca de 30 arqueólogos estão trabalhando no local da construção do novo aeroporto, que deverá ser inaugurado em 2022. “Estamos na fase de exploração, mas também há curadores e restauradores que estão nos ajudando na limpeza dos restos mortais”, disse Sánchez.

Os arqueólogos também localizaram outros tipos de fósseis animais além dos mamutes, incluindo espécies de bisão e camelo atualmente extintas. Além disso, foram encontrados 15 fossos datados da era pré-hispânica, que eram empregados, acredita-se, como túmulos de agricultores que habitavam o local.

O chefe dos arqueólogos fez questão de frisar que a descoberta das ossadas dos mamutes e a exploração em andamento não irão causar atrasos nas obras do novo aeroporto.

Prioridade é a história

Apesar da declaração do arqueólogo, na última quinta-feira (18) um juiz federal mexicano determinou que a prioridade nos trabalhos no local é da exploração arqueológica, sobre o trabalho da construção do novo aeroporto.

O juiz federal ordenou ao INAH que informe se a construção do aeroporto interferirá em seu trabalho arqueológico. A ordem judicial não interrompe as obras de bilhões de dólares no aeroporto, mas estabelece que as relíquias arqueológicas e paleontológicas devem ser protegidas, e que o trabalho para as descobrir deve ter precedência sobre as obras de construção.

A decisão aconteceu em resposta a uma liminar apresentada, na qual o interessado argumentou que o projeto do aeroporto poderia violar seu direito humano de ter acesso à cultura, bem como os compromissos internacionais que o México assumiu para proteger seu patrimônio cultural.

O juiz afirmou que o projeto tocado pelo INAH busca revelar 20.000 anos de história no local onde existiu o lago Xaltocan. A área guarda a história de possíveis interações entre os primeiros humanos colonizadores da região e a fauna da época do Pleistoceno, como mamíferos, declarou o juiz.

O INAH também foi instruído pelo magistrado a demarcar claramente as áreas do local que está explorando, para garantir que máquinas pesadas não causem danos aos restos de animais, artefatos ou outros objetos de importância histórica.

Com informações do El Universal

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