A Comissão Anticorrupção de Bangladesh abriu um processo contra 23 funcionários da companhia aérea Biman Bangladesh, acusados de supostas irregularidades em negociações de duas aeronaves 777-200ER com o Egito em 2014. Os acusados estão enfrentando acusações de abuso de poder que resultou em uma perda estimada de mais de US$ 10 milhões para a transportadora de bandeira nacional.
De acordo com o vice-diretor do ACC, Jasmine Akhter, o caso foi registrado no escritório-1 do distrito integrado da comissão na segunda-feira. Dos 23 acusados, 13 ainda trabalham na Biman, relata o jornal local Dhaka Tribune.
O caso começou com uma reunião do conselho da Biman, na qual foi decidido alugar aeronaves de acordo com um plano de requisitos de frota provisório, que faria parte do plano de negócios de 10 anos da empresa aérea (2013-2023). Uma licitação foi aberta, e quatro licitantes – Jesco Aviation (EUA), Euro Atlantic (Portugal), Standard Chartered (Reino Unido) e Egypt Air – participaram.
A Comissão de Investigação Técnica Financeira, composta por 14 membros apresentou um relatório, no qual uma discussão comparativa dos quatro licitantes mostrou o Standard Chartered, embora fosse uma empresa de renome mundial e o menor lance, acabou ignorado, quando deveria ser ele o finalista para, potencialmente, alugar os aviões. Em vez disso, o grupo confirmou o aluguel com a EgyptAir, mesmo com a aeronave sendo mais cara e ter ficado inoperacional por sete meses e possuindo motores antigos de difícil reposição.
Após a entrega das aeronaves e o pagamento, os acusados, segundo acusações, desviaram o dinheiro para desfrutá-lo entre si. Uma Comissão Parlamentar Permanente recomendou a investigação, já que o executivo local não deu seguimento ao relatório da investigação. A fiscalização parlamentar pediu ao ACC que investigasse o assunto e tomasse medidas legais.
