A companhia aérea emiradense voa com destino aos Estados Unidos passando pela Rússia, assim aproveitando a curvatura da Terra e reduzindo a distância total nos voos desde Dubai. Se houve alguma proibição, a Emirates terá que optar por novas rotas, o que obrigaria a abastecimentos extras devido à distância percorrida a mais.
Com as crescentes sanções internacionais contra a Rússia nos últimos dias, a Emirates já se prepara para a mudar suas rotas de voos com destino à costa oeste dos EUA, via Europa, se isso for necessário.
No último domingo (27), o presidente da Emirates, Tim Clark, anunciou que já começou a se preparar para diferentes eventualidades, incluindo uma possível proibição da Emirates em usar o espaço aéreo russo nos voos aos EUA. Em entrevista ao Telegraph, Clark disse que a empresa está analisando a operação dos EUA, que atravessa o espaço aéreo russo.
“Se a proibição acontecer, ainda podemos voar, mas temos que ir a algum ponto europeu para encher de combustível. Espero que não chegue a isso, mas quando começa uma guerra, você nunca sabe para que lado vai, por mais que você tente”, disse o executivo.
“Somos muito bons em responder a situações como essa, mas isso é um pouco mais incerto”, disse Clark. “Você nunca sabe o que vai acontecer a seguir. Temos passageiros, temos tripulações, temos ativos em muitos países dentro e ao redor do conflito”.
Atualmente, a Emirates voa para Los Angeles e San Francisco, com ambos os voos cruzando a Rússia. Por outro lado, os Estados Unidos ainda não impuseram sanções de sobrevoo a companhias aéreas russas, a exemplo do que fez o Canadá e toda a Europa.
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