Dois agora ex-comissários de bordo da empresa aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, que foram demitidos pela companhia aérea por quebrar as regras da pandemia enquanto ambos estavam infectados com o COVID-19 foram presos por oito semanas depois de serem considerados culpados por um tribunal local.
Segundo a mídia local, Wong Yoon-loong e Nilsson Lau Kok-wang, ambos de 45 anos, foram culpados por levar a variante Omicron altamente transmissível do COVID-19 para o território chinês, levando a um aumento maciço de infecções e mortes entre uma população idosa em grande parte não vacinada.
Os draconianos controles de fronteira de Hong Kong mantiveram a cidade praticamente livre de vírus durante grande parte da pandemia, embora a fonte real da propagação do Omicron seja contestada e uma teoria alternativa coloque a culpa em um hotel de quarentena, onde o vírus teria se espalhado de um quarto para outro.
Wong e Nilsson enfrentaram uma sentença máxima de seis meses de prisão por seus crimes, mas na quinta-feira, eles foram informados de que ficariam presos por apenas oito semanas. A dupla já passou as últimas semanas na prisão em prisão preventiva após o veredicto de culpados.
Na época do crime, em janeiro de 2022, esperava-se que a maioria dos pilotos e comissários de bordo que retornavam a Hong Kong de uma viagem ao exterior ficassem em quarentena em um hotel dedicado, mas havia isenções especiais para voos apenas de carga e a tripulação tinha permissão para se isolar em casa.
Wong e Nilsson retornaram a Hong Kong em dois voos separados apenas de carga e foram isentos de ir para um hotel de quarentena, mas ainda deveriam se isolar em casa e fazer testes regulares de COVID-19. No entanto, os dois foram vistos em ambientes fechados lotados, onde várias pessoas teriam sido infectadas.
Os ex-comissários de bordo só descobriram que tinham COVID-19 depois de descumprirem a ordem de isolamento. O tribunal inicialmente prendeu os homens por nove semanas, mas uma semana foi descontada por atenuantes, incluindo perda de emprego.
