Em pleno Dia de São Patrício de 2019, um dos feriados mais importantes da Irlanda, o aeroporto de Shannon teve que ficar fechado por quase uma hora porque dois homens invadiram o sítio aeroportuário para protestar. A atitude da dupla causou problemas para a operação e resultou em voos atrasados, até que eles fossem detidos. Suas idades: 77 e 82 anos de idade.
Corte na cerca
Segundo o irlandês Limerick Post, os dois homens já haviam feito um buraco na cerca que protegia o aeroporto com um alicate e caminhavam em direção a uma pista de táxi carregando um cartaz sob o braço, quando foram abordados pela segurança do aeroporto.
Ambos se identificaram como veteranos das forças armadas dos Estados Unidos, tendo servido anteriormente como fuzileiros navais e pára-quedistas, mas que hoje são ativistas e fazem parte da organização Veterans for Peace (Veteranos pela Paz).
Seu protesto tinha por objetivo criticar o uso do aeroporto de Shannon como escala para aviões militares ou que estivessem transportando tropas americanas para locais de guerra. Por sua localização, “no meio do mundo” entre os EUA e locais na Ásia, África e Europa, Shannon é largamente utilizado para esse tipo de voo.
No dia do protesto da dupla, o aeroporto irlandês recebia aviões militares dos EUA que eles “acreditavam estar transportando tropas e armas para o Oriente Médio e violando a lei irlandesa e internacional”. Como a atitude dos homens, identificados como Tarak Kauff, que agora tem 80 anos, e Kenneth Mayers, de 85, ganhou repercussão à época, talvez eles tenham atingido seu objetivo.
Julgamento
Por outro lado, eles não escaparam de um julgamento. Um tribunal de Dublin analisou o caso dos idosos na terça-feira passada e os veteranos foram absolvidos pelo juiz das acusações de danos à propriedade e invasão com intenção de cometer um crime. No entanto, eles foram considerados culpados de prejudicar a operação e a segurança de um aeroporto e terão que pagar uma multa de 5000 euros cada.
“A única coisa pela qual temos que nos culpar é que não fizemos mais pela paz”, disse Kauff após o anúncio do veredicto.