Após amplas discussões e negociações, a Boeing, a EASA e a FAA estão mais próximas de conseguir o acordo necessário para certificar o Boeing 777X. O Diretor Executivo da Agência de Segurança da Aviação da União Européia (EASA), Patrick Ky, disse à Aviation Week que “identificamos um certo número de questões sobre as quais tínhamos uma interpretação diferente das regras e, para cada uma dessas questões, agora temos uma solução”.
O motivo principal de atraso na entrada em serviço do 777X foi devido a um desacordo entre a Boeing e a EASA sobre como proteger o sistema de controle de voo fly-by-wire da aeronave. A visão da EASA era que os sistemas fly-by-wire da Boeing não estavam suficientemente protegidos. A agência se apoiou na abordagem usada em aeronaves Airbus, como o A320, que normalmente usa cinco computadores diferentes executando quatro pacotes de software diferentes.
A Boeing trocou algumas placas de circuito e fontes de alimentação na unidade eletrônica de controle de voo integrada desenvolvida pela BAE Systems da aeronave. Ky disse: “tivemos muitas discussões com a FAA e a Boeing. Alguns temas foram mais difíceis do que outros, mas o que importa é que estamos concordando em um caminho comum a seguir”.
A EASA adotou uma visão mais independente sobre em que condições o 737 MAX deveria retornar ao serviço, e Ky disse que o processo subsequente aproximou novamente a FAA e a EASA. “É nas discussões difíceis que se constrói a relação”, afirmou.
Com as negociações entre Boeing, EASA e FAA chegando ao fim, o caminho para a certificação do 777X melhora e fica mais fácil, mas ainda há muito trabalho a ser feito, com expectativa mais otimista de que o modelo entre em operação apenas em meados de 2024.
