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EASA dá novo passo na recertificação do 737 MAX e ações da Boeing disparam

A agência de segurança da aviação civil da Europa, a EASA, deu novo passo para a volta dos voos com o 737 MAX, fazendo com que as ações da Boeing disparassem.

Divulgação – Icelandair

Segundo o portal Fortune, as ações da empresa subiram 4% no pré-mercado após a EASA afirmar que está com o “rascunho” pronto para a certificação do jato, que ficou mais de 600 dias proibido de voar após dois acidentes fatais.

Com o rascunho pronto, que tem pouquíssimas mudanças em relação as modificações impostas pelo seu semelhante americano FAA, a EASA irá agora abrir durante 28 dias uma consulta para receber feedback de comunidade aeronáutica sobre possíveis mudanças que ainda possam ser feitas.

Dentre as poucas diferenças entre a FAA e a EASA, está uma restrição “em alguns tipos de pouso de precisão”. Não foi detalhada qual seria esta restrição, que está provavelmente associada ao pouso por ILS, instrumento de precisão mais popular nos aeroportos do globo.

Outro ponto é que os 737 MAX da União Europeia, Noruega e Islândia (que são as áreas de jurisdição da EASA) terão que contar com um botão que “permita a intervenção na vibração da coluna de comando (manche), de maneira que a vibração para após ser ativada de maneira errada pelo sistema, a fim de evitar distrações da tripulação”.

A vibração do manche é um recurso utilizado em praticamente todos os aviões modernos, e é normalmente ativada quando a aeronave está próxima do estol (situação de perda completa da sustentação).

No caso dos dois acidentes, a aeronave interpretou que estava numa situação de estol por coletar dados errôneos do sensor de ângulo de ataque, e acabou derrubando o avião ao comandar seu nariz para baixo, numa queda irreversível.

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