A easyJet processou a EasyFly por pirataria devido aos nomes parecidos; veja no que deu

A colombiana EasyFly não apenas ganhou a ação judicial movida pelo EasyGroup, empresa-mãe da Easyjet, por suposta violação de sua marca na Europa e no Reino Unido, mas também receberá mais de US$ 80 mil de reembolso pelas custas com advogados.

De acordo com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça de Londres, o denunciante EasyGroup será obrigado a pagar US$ 81.204 à EasyFly, referente ao valor gasto com advogados. O juiz argumentou que a EasyGroup, proprietária da EasyJet, “incorreu em uma violação do processo legal e que, como resultado, todo o processo foi anulado”.

A EasyGroup é uma empresa reconhecida no mundo pela perseguição de qualquer empresa, de qualquer indústria, que use “de qualquer forma”, a palavra ‘Easy’ em seu nome”, disse a companhia aérea colombiana ao La República.

A companhia aérea colombiana também afirma que “não há infração de marca registrada, uma vez que o nome Easyfly S.A. corresponde a um acrônimo de sua empresa de nome Empresa Aérea de Servicios y Facilitación Logística Integral S.A., marca registrada, usada e protegida na Colômbia, que nasceu em junho de 2006 com um objetivo ambicioso de conectar as regiões de seu país”.

Pirataria?

Como relatado pelo REPORTUR.co, o EasyGroup também processou a companhia aérea Easyfly no Tribunal Distrital da Flórida, nos EUA, já que a Easyfly tem como alvo clientes por lá. A ação também nomeia empresas como Skyscanner e Kayak, que facilitam reservas em nome da Easyfly.

Foto de Kike Fly via Wikimedia Commons

Easygroup também entrou com uma ação judicial na Colômbia contra a “pirataria” da Easyfly. “Se a companhia aérea pirata tiver qualquer acidente com seus aviões e os consumidores americanos associarem a marca pirata à família Easy de marcas, ela pode prejudicar irremediavelmente e irreversivelmente nosso nome e confiança do nosso cliente”, alegou o EasyGroup.

Além disso, o grupo europeu alegou, na época da ação, que já teria vencido um julgamento em um tribunal de Bogotá no ano passado, forçando o dono da Easyfly, Alfonso Avila, rotulado de “ladrão de marcas” pela Easygroup, a pagar 30 milhões de pesos colombianos pelos danos causados.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias