Em carta interna, British Airways confirma aposentadoria prematura do Boeing 747

Em uma comunicação interna aos funcionários, a British Airways anunciou que sua frota Boeing 747-400 não retornará ao serviço ativo. A empresa iniciará o processo de análise interna para definir as próximas etapas da retirada da aeronave. Recentemente, a empresa havia dado sinais iniciais de que retiraria o 747 de serviço proximamente, ao remover os programas de treinamentos de pilotos.

Agora, segundo reporta o Aviacionline, a declaração distribuída assim os descarta:

“Com grande pesar, estamos propondo retirar com efeito imediato nossa “Rainha do Céu”, o Boeing 747-400. Sabemos que há especulações nas redes sociais e sites de aviação, por isso queremos deixar nossa posição clara.

A comunidade global da aviação comercial está se ajustando a um futuro incerto em relação à demanda de passageiros. A demanda por viagens de longa distância levará anos para se recuperar e os principais players do setor não voltarão aos níveis de 2019 até pelo menos 2023.

O 747-400 ocupa um lugar muito especial nos corações dos entusiastas da aviação e nos nossos. Sabemos quantas lembranças desse avião tão especial a família British Airways tem e nossa proposta de retirá-lo mais cedo só pode ser tomada em resposta à crise em que nos encontramos.

Quando as pessoas pensam na BA hoje, pensam em nossos Jumbos unindo o Reino Unido com o mundo e o mundo com o Reino Unido. Eles são verdadeiros ícones. Adoramos a Rainha do Céu e a operamos desde 1971. Recebemos nosso primeiro 747-400 (tecnicamente 747-436) em julho de 1989, e a mais recente foi entregue em abril de 1999.

A maioria de nossas aeronaves estava programada para ser aposentada nos primeiros meses de 2024 e renovamos o interior de várias delas com a intenção de mantê-las em serviço por alguns anos. No entanto, o 747-400 é uma aeronave de geração diferente e consome significativamente mais combustível que a última geração de aeronaves e, logicamente, requer atenção mais frequente de nossa equipe de engenheiros.

A lógica operacional do Jumbos é baseada em uma forte porcentagem de ocupação e demanda por seus assentos premium, para torná-lo comercialmente viável. Em resumo, não acreditamos que essas belas aeronaves sejam economicamente sustentáveis ​​em um setor de aviação completamente diferente.

A proposta de retirar toda a frota desses aviões quebra o coração de todos nós que crescemos vendo-a voar ao redor do mundo”.

Com informações do nosso parceiro Aviacionline

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias