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Em crise e sem a JetBlue, Spirit demitirá pilotos e atrasará entrega de aviões

Foto: DepositPhotos

Após ter sua fusão com a JetBlue impedida pela justiça americana, a Spirit Airlines se vê em maus lençóis e está encolhendo.

A empresa aérea de ultra-baixo custo dos EUA descartou uma fusão com a concorrente Frontier Airlines após receber uma proposta mais vantajosa da JetBlue, fundada pelo brasileiro David Neeleman e irmã da Azul Linhas Aéreas.

Porém, o governo americano viu que a JetBlue iria absorver a frota e as rotas da Spirit apenas para colocar o seu produto, que é mais caro já que é uma aérea de baixo custo, com valor de passagem aérea acima da Spirit por oferecer um conforto maior, serviço de bordo e outras amenidades.

Mas agora, sem o dinheiro da JetBlue, a empresa está postergando todas as entregas de novas aeronaves junto à Airbus de 2025 para 2031, gerando um atraso de 5 a 6 anos na entrega dos aviões A320neo e A321neo.

Segundo um comunicado interno da Spirit obtido pela CNBC News, serão demitidos ao menos 260 pilotos, já que a empresa não receberá novas aeronaves e irá retirar algumas mais antigas, ficando com uma operação mais enxuta para “aumentar a liquidez”.

Esta dispensa já tem gerado uma movimentação no mercado de pilotos dos EUA, que já tinha começado a entrar em baixa, com a FedEx demitindo e outras empresas paralisando contratações. Muitos aviadores culpam o Departamento de Justiça e o de Transportes por bloquearem a fusão, enquanto outros responsabilizam a administração da Spirit por ter rejeitado a oferta da Frontier, que apesar de ser menor em volume monetário, era mais propensa à aceitação dos órgãos reguladores.

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