Em difícil missão no Acre, resgate aéreo de mãe e bebê indígenas foi feito pelo Samu e Ciopaer

Imagem: Governo do Acre

O governo do Acre, por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), realizou um resgate aéreo de uma mãe e seu bebê recém-nascido, indígenas, no dia 10 de fevereiro.

A ação ocorreu na Aldeia Santa Cruz, Terra Indígena Mamoadate, na região de Assis Brasil, para o atendimento à paciente Marileide Kinka Manchineri e seu bebê.

De acordo com informações repassadas pela comunidade, a indígena de 35 anos, da etnia Manchineri, entrou em trabalho de parto no dia 4, apresentando complicações como hemorragia e fraqueza.

O gestor de Políticas Indígenas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Vanderson Brito, informou que assim que foi acionado sobre o caso da paciente, iniciou as tratativas com os órgãos competentes para a viabilização do resgate.

“No final da tarde do dia 9, conseguimos a aeronave para mandar a equipe do Samu e realizar o resgate. Contudo, na manhã do dia 10, recebemos uma ligação da comunidade informando que a criança já havia nascido. Mesmo assim, enviamos os profissionais a fim de verificar o estado de saúde da mãe e do bebê e, se necessário fosse, trazer para Rio Branco”, disse.

Segundo o comandante do Ciopaer, Sérgio Albuquerque, a aldeia, de difícil acesso, fica a 1h e 20 min de voo de distância de Rio Branco. Porém, não havia local aberto para o pouso da aeronave perto da casa dos pacientes. “O resgate foi um tanto complicado, tendo em vista que nos deslocamos, também, de barco e por via terrestre. Mas nada que não pudesse ser feito pela equipe”, relatou.

Imagem: Governo do Acre
Imagem: Governo do Acre
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Imagem: Governo do Acre

Ao chegar na capital, já no final da tarde, a paciente foi encaminhada para a Maternidade Barbara Heliodora. Conforme a avaliação do médico do Samu, Jonatha Santiago, os pacientes encontravam-se estáveis e sem risco.

“A criança nasceu bem, sem nenhum sinal de gravidade. A mãe apresentava dificuldades de locomoção e incômodo abdominal, mas, apesar disso, estava com os sinais vitais estáveis”, informou.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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