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Em documento sigiloso, Azul responde sobre entrada de Bolsonaro em sua aeronave

Em um novo capítulo do assunto que repercutiu nas mídias sociais no último dia 11 de junho, no qual o Presidente da República, Jair Bolsonaro, adentrou a uma aeronave da Azul Linhas Aérea Brasileiras de surpresa e foi alvo de críticas e elogios, um documento sigiloso revela que a companhia aérea se manifestou sobre a ocorrência.

Presidente Jair Bolsonaro a bordo da aeronave da Azul Linhas Aéreas

A revelação de que Azul Linhas Aéreas falou a respeito do caso surgiu 1 dia após a Audiência Pública realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira, dia 29 de junho, na qual também estavam representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Neste dia em questão a Azul, que também foi convidada, não compareceu à audiência que debateu, entre outros assuntos, a presença de Bolsonaro em seu avião.

Apesar do não comparecimento, entretanto, um documento sigiloso enviado à CPI da COVID no Senado e obtido com exclusividade pelo R7 Planalto mostra que a Azul alegou que o presidente permaneceu apenas 7 segundos sem a máscara de proteção facial, o mesmo tempo usado, por exemplo, para um passageiro se hidratar ao beber água.

“Nota-se, pelo vídeo veiculado na mídia, que o presidente da República adentrou a aeronave fazendo uso correto da máscara e permaneceu na maior parte da visita utilizando-a corretamente, mas em um momento a retirou, o que durou um total de sete segundos, voltando a colocá-la logo na sequência, ocasião em que a tripulação estava pronta para orientá-lo acerca de sua correta utilização, caso o evento tivesse se estendido por tempo maior, conforme procedimento padrão em todos os voos”, diz a companhia em seu relato apresentado pelo R7.

“A Azul salienta que o episódio sobre o uso incorreto da máscara teve uma duração mínima, sendo que até poderia se comparar às exceções temporárias ao uso de máscara, como por exemplo, a possibilidade de hidratação ou alimentação de idosos e viajantes que sejam portadores de doenças que requeiram dieta especial”, acrescenta a companhia.

Relembre abaixo o momento em que Bolsonaro tira a máscara por alguns segundo, a bordo da aeronave da Azul:

Após o ocorrido em 11 de junho, a companhia aérea comentou que todos os tripulantes, bem como terceiros do Aeroporto de Vitória, foram entrevistados e ouvidos sobre o dia em questão. A entrevista iria servir para fornecer detalhes sobre a ocorrência não planejada pela Azul.

Ainda no documento, a Azul cita o caso do comandante que estava a bordo da aeronave, relatando que o mesmo fazia o uso correto da máscara de proteção facial, mas que diante da visita do presidente, para realizar uma foto, não se conteve e retirou a proteção por alguns segundos. Tanto o comandante quanto o copiloto do referido voo foram autuados com medidas disciplinares cabíveis, proporcionais às responsabilidades, conforme políticas internas.

A companhia aérea ainda disse que todos os envolvidos foram novamente orientados sobre as normas sanitárias vigentes diante da pandemia, salientando a importância da máscara de proteção individual a bordo da aeronave, bem como nas dependências aeroportuárias, e que o fato foi totalmente isolado.

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