Em Florianópolis, Força Aérea realiza treinamento de resgate de homem ao mar e em embarcação

Imagem: Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa hoje que mais um treinamento de içamento no mar foi realizado pelo Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV), Esquadrão Pantera, sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM).

O exercício técnico, que ocorreu entre os dias 10 e 15 de abril, em Florianópolis (SC), teve como finalidade adestrar e fazer a manutenção operacional das tripulações do Esquadrão em missões de resgate de homem ao mar a partir de embarcações.

O apoio foi prestado pela Base Aérea de Florianópolis (BAFL), onde as aeronaves, materiais e militares do 5º/8º GAV estavam alocados. Além disso, em conjunto com a Marinha do Brasil, a embarcação P-61 Benevente prestou apoio no que tange às técnicas, táticas e procedimentos de içamento tipo Convés.

O exercício técnico é composto por dois tipos diferentes de missões. O primeiro simula um homem ao mar a ser resgatado; e o segundo, um passageiro ou uma tripulação de embarcação que necessita de uma evacuação aeromédica (EVAM).

Homem ao mar

Em ações desse tipo, no momento em que a vítima está ao mar e é localizada pelo helicóptero H-60L Black Hawk, é feito o lançamento de um fumígeno (dispositivo de sinalização) para marcar a posição do indivíduo e para a tripulação ter uma referência da direção do vento.

Após toda a preparação da aeronave e dos homens de resgate, a aeronave realiza um voo pairado a uma altura próxima de 15 metros enquanto o homem de resgate verifica as condições da vítima.

Dessa forma, se a vítima estiver sem traumas na coluna cervical, é feita a sua retirada por meio de uma alça de içamento até a aeronave. Se for diagnosticada alguma fratura em sua coluna, é realizada a descida de mais um homem de resgate com uma maca, a fim de estabilizar o acidentado antes de ser içado pelo H-60L.

Resgate em embarcação

Para o resgate de indivíduos a bordo de uma embarcação, é feito todo o contato com o Comandante do navio via rádio. Quando a aeronave se aproxima do alvo, a tripulação realiza a verificação das condições do vento, obstáculos, objetos soltos e condições visuais da vítima.

Após a preparação da aeronave e dos homens de resgate, inicia-se a exposição do militar a ser içado até o deque da embarcação. De maneira análoga ao resgate de homem ao mar, utiliza-se a alça de içamento ou a maca para estabilização do indivíduo.

Imagem: Força Aérea Brasileira

Para a realização de missões reais de qualquer natureza, é indispensável a cooperação de toda a tripulação, que é composta por Pilotos, Operadores de Equipamentos Especiais e Homens de Resgate – SAR (do inglês, Search and Rescue). Cada militar, de forma codependente, desempenha um papel fundamental dentro da aeronave.

Segundo o mecânico do Esquadrão, Sargento Andrio Piveta Gonçalves, é de extrema importância o adestramento operacional da tripulação. “Atualmente, os Esquadrões de Asas Rotativas são os principais vetores aéreos para realizar um resgate dentro do mar aberto. Por vezes, esta é a única esperança do marinheiro retornar para sua família”, afirmou o especialista.

Já o Comandante do 5º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Rodrigo Alonso Fortes, destaca a complexidade do treinamento realizado. “É de suma importância que as tripulações do Esquadrão Pantera estejam treinadas e prontas para cumprir esse tipo de missão”, concluiu.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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