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Em formatura militar, Esquadrilha da Fumaça realiza voo com estreia de piloto

Imagem: Esquadrilha da Fumaça

A formatura é o encerramento de um ciclo, o ponto de chegada que será a largada para novos destinos e, na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), também conhecida como o “berço dos especialistas”, localizada em Guaratinguetá (SP), este momento é digno de comemoração com requinte, banda, desfile militar e a presença de autoridades da Força Aérea Brasileira. É um momento único na vida dos formandos que servirão à FAB, a partir de então, em diversas localidades do País e com diferentes especialidades, e o momento também merece uma demonstração da Esquadrilha da Fumaça, que se deslocou de Pirassununga, interior de São Paulo, para prestigiar os irmãos de farda.

A turma Gripen, do Esquadrão Branco, com seus 237 formandos do Curso de Formação de Sargentos (CFS), juntamente com os 152 militares da 32ª turma do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS) – turma Millennium, do Esquadrão Prata, pôde assistir a uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça homenageando-os, na manhã desta segunda-feira, 20 de junho de 2022, no berço dos especialistas.

A ocasião também foi um marco para o Tenente Aviador André Mayer Fontoura, piloto número 2 da Esquadrilha da Fumaça, que realizou sua primeira demonstração com público após a conclusão do curso de Piloto de Operações de Demonstração Aérea – PODA, no último dia 7 de junho, na Academia da Força Aérea, sede da Esquadrilha.

Para o Tenente-Coronel Especialista em Aviões Fábio José de Souza Rocha Tavares, também da Esquadrilha da Fumaça, não foi diferente. Há 25 anos ele ingressou na EEAR formando-se sargento dois anos depois e, após anos dedicando-se aos estudos, se formou oficial da FAB chegando ao atual posto em abril de 2022.

“Foi um prazer ter voltado na Escola de Especialista e ministrar uma palestra para os estudantes e passar a eles a vivência tanto do sargento como do oficial já estando quase no último posto. Falar para eles o que representa a Fumaça para a Força Aérea e também para o Brasil, explicando que, se eles almejam estar em um esquadrão de elite mais pra frente, como é a Fumaça, a trajetória começa aqui e agora. Toda a vida pregressa será consultada, qualidade de serviço, índole, vida social. Pude falar sobre a Fumaça, Força Aérea, carreira militar, profissionalismo, perseverança, humildade e busca no que querem alcançar, que é o sucesso na carreira”, pontua.

Imagem: Esquadrilha da Fumaça

O CFS é ministrado em regime de internato e tem a duração de quatro semestres letivos, tendo como finalidade formar sargentos especialistas para o Comando da Aeronáutica, abrangendo instruções nos Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado. Com a turma Gripen, 237 militares se formaram. O nome Gripen foi escolhido em homenagem a mais nova aeronave de caça da FAB, pois, no mesmo ano em que a aeronave passou a integrar a Força, o Esquadrão Branco, por sua vez, começou sua jornada na EEAR.

Já o EAGS teve um ano de duração e formaram-se 152 militares, que deverão atuar nas áreas de administração, eletrônica, eletricidade, música, entre outros diversos setores. O nome Millennium surgiu em homenagem ao KC-390, uma das aeronaves mais tecnológicas do mundo, responsável pela realização de missões de ajuda humanitária, como no transporte de veículos, equipamentos e medicamentos, sendo muito usada durante a pandemia.

Imagem: Força Aérea Brasileira

Escola de Especialistas de Aeronáutica

Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, todos os estabelecimentos, instalações, órgãos e serviços referentes à atividade de Aviação no Brasil, até então subordinados aos Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas, passaram a pertencer ao novo Ministério, com a transferência imediata do pessoal e material.

Em 04 de março de 1941, foram baixadas instruções sobre a formação dos sargentos especialistas para a Aeronáutica, a qual seria feita, inicialmente, em uma única escola, que deveria funcionar na ex-Escola de Aviação Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, a Escola de Aviação Naval e a Escola de Aviação Militar foram extintas e criada, em 25 de março de 1941, a Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada na Ponta do Galeão, Ilha do Governador – RJ.

Em decorrência das dificuldades surgidas com a II Guerra Mundial, agravadas pela entrada do Brasil no conflito, e com o crescimento da Força Aérea, verificou-se a necessidade de incrementar a formação de técnicos, em número suficiente para atender à demanda crescente.

Como solução imediata, muitos militares e civis foram enviados aos Estados Unidos para que, através de cursos, pudessem satisfazer às necessidades mais prementes da FAB.

Esta solução, contudo, começou a sofrer restrições por ser muito onerosa. Após novos estudos, decidiu-se por contratar a “Organização John Paul Ridle Aviation Tecnical School”, a qual instalou no Brasil, na cidade de São Paulo, uma Escola Técnica de Aviação – ETAv, com todo o acervo, incluindo técnicos, professores e administradores. A ETAv passou a complementar a formação de especialistas, suprindo as carências então verificadas.

Com o término das hostilidades, embora a necessidade de técnicos para manter as diversas unidades criadas ainda fosse grande, houve certa estabilização na formação de pessoal. Verificou-se, então, que já não era necessário existirem duas escolas com a mesma finalidade e que, consequentemente, estava havendo dispersão de meios.

Como solução, houve a fusão das duas Escolas, nascendo em 1950, com sede em Guaratinguetá – SP, a atual Escola de Especialistas de Aeronáutica – EEAR, instalada em terras da antiga Escola Prática de Agricultura e Pecuária, doadas ao Ministério da Aeronáutica em 05 de maio de 1950.

Para mais informações e como ingressar na Escola da Especialistas de Aeronáutica clique aqui.

Informações da Esquadrilha da Fumaça

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