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Em iniciativa pioneira no Brasil, escola de aviação quer treinar pilotos em aviões elétricos

Foto: SAFE Escola de Aviação

Na próxima segunda-feira, dia 23 de agosto, a SAFE Escola de Aviação, uma start-up sediada em São José dos Campos, fará um anúncio em que promete “revolucionar o mercado das escolas de aviação”. Tal novidade refere-se a algo totalmente novo no país: um projeto para uso de aeronaves elétricas na instrução básica de pilotos brasileiros.

Os membros executivos da escola publicaram recentemente um vídeo falando do anúncio, com tom de mistério. A empresa promete transmitir o evento ao vivo na segunda-feira (23), a partir das 19 horas, em seus canais nas redes sociais.

Aviões elétricos prometem ser o futuro da aviação por ajudarem a reduzir a pegada de carbono da aviação, mas ainda há um caminho a ser percorrido em termos de tecnologia e regulamentação, até que eles se tornem comuns nos aeroportos Brasil (e mundo) afora.

Grandes fabricante, como a Embraer, já testam projetos elétricos e seu uso deve chegar à aviação comercial em vários anos, no entanto, é natural que tal tecnologia comece a ser empregada em projetos menores, como na instrução de pilotos. Nos EUA e na Austrália, por exemplo, escolas já usam aeronaves elétricas na instrução básica, especialmente usando o modelo Pipistrel Velis Electro – a aeronave também é homologada pela EASA, da Europa.

A escola SAFE foi fundada em 2018 e está intimamente ligada à formação de pilotos para a Azul Linhas Aéreas. Segundo descrição em seu site na internet, “a SAFE nasceu da necessidade de qualidade e maior segurança na formação de pilotos percebida dentro da própria Azul Linhas Aéreas. Fazendo parte da contratação e habilitação dos pilotos da companhia, o comandante José Ramos, Gerente de Flight Standards a época, decidiu realizar o sonho de trabalhar com a base da formação de pilotos, agregando toda sua experiência“.

Uma curiosidade sobre o modelo de negócio é que a empresa não é dona de suas aeronaves. Ao contrário disso, ela “agregou ao plano de ensino a possibilidade de alunos e investidores participarem do negócio, integrando à iniciativa o sistema de fractional ownership americano, ou propriedade compartilhada, em tradução livre.
Nesse sistema, alunos e investidores adquirem a aeronave que será arrendada para gerenciamento e utilização pela escola nos cursos e pagam um preço reduzido pelo valor da hora de voo, quando alunos, ou rentabilizam com a venda das horas para outros alunos, quando investidores. E o mais interessante é que o aluno também pode vender suas horas, assim como o investidor pode voar com um preço mais baixo”.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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