O sindicato espanhol Unión Sindical Obrera (USO) convocou à greve os 450 tripulantes da easyJet baseados nos aeroportos de Barcelona-El Prat, Málaga e Palma de Mallorca. A medida está prevista para os dias nove dias específicos no mês de julho.
“O motivo não é outro senão a situação em que se encontra atualmente a negociação do II Acordo Coletivo para a tripulação da empresa”, disse Miguel Galán, secretário-geral do sindicato da easyJet Málaga. “A empresa não tem interesse em negociar a melhoria das condições de trabalho da tripulação em Espanha, para que tenhamos as mesmas condições de trabalho que aqueles que operam em outras bases europeias, como França e Alemanha”, acrescentou.
O dirigente sindical explicou que o vencimento base dos tripulantes de cabine na Espanha atinge os 950 euros, 850 menos do que os que desempenham a mesma função em França e na Alemanha. O valor, assegurado não se ajusta ao custo de vida nas cidades espanholas onde residem os funcionários, alega o sindicato.
Galán acrescentou que os tripulantes dependem do salário variável para atingir um nível de renda adequado em Barcelona, Málaga e Palma de Maiorca. Nesse sentido, sustentou que “se voar muitas horas, paga as contas, mas ao custo de reduzir o tempo de descanso e fazer um maior número de horas de voo”.
Conforme noticia o site Aviacionline, com o novo acordo coletivo, o Unión Sindical Obrera quer o aumento do salário-base sem redução dos valores por hora de voo, a inclusão do pagamento de um suplemento por antiguidade, a remuneração das horas de treinamento, a limitação do tempo de serviço para promover o descanso e a renovação anual de todos os elementos do uniforme de bordo, entre outras exigências.
A medida se soma às anunciadas por outros sindicatos de outros países europeus. O impacto das greves pode ser maior do que em oportunidades anteriores, principalmente devido ao forte aumento da demanda observado antes da temporada de viagens de verão e ao crescimento do número de operações aéreas.
Recentemente, além disso, as estruturas das companhias aéreas e dos aeroportos às vezes não são suficientes para manter os serviços conforme planejado e sem interrupções.
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