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Em meio ao remanejo de frota, Lufthansa confirma que voará o Boeing 787

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É improvável que a Lufthansa reative seus quatorze A380 em algum momento pós-pandemia, segundo todos os sinais dados ao mercado pela empresa, até agora. Enquanto isso, a empresa confirmou que aumentará sua frota widebody de médio porte com pelo menos alguns dos vinte B787-9 encomendados, disse o presidente-executivo Carsten Spohr, numa apresentação dos resultados anuais da empresa.

Sai um, entra outro

O relatório financeiro anual do grupo lista seis Airbus double-deckers como “programados para aposentadoria” e os oito restantes apenas como “desativados temporariamente”. Spohr, no entanto, esclareceu que, da perspectiva de hoje, não havia chance de que estes fossem reativados. No relatório, o grupo detalhou que as seis aeronaves serão vendidas de volta à Airbus em 2022 e 2023. A Lufthansa anunciou a transação em 2019, antes da pandemia de COVID-19.

“As demais frotas do A340-600 e os oito A380 restantes foram totalmente desativados por vários anos”, disse o Grupo Lufthansa no relatório, dando a entender que dificilmente eles voltam aos céus – incluindo aí os A340-600.

787s

Spohr acrescentou que, daqui para frente, o grupo se concentrará em aeronaves menores, que são mais adequadas ao ambiente de baixa demanda esperado. Como tal, ele confirmou que pelo menos alguns dos vinte B787-9 que o grupo tem pedidos firmes da Boeing irão para a Lufthansa. Os demais devem ir para Austrian e Swiss, ainda a confirmar.

Ele sublinhou que a decisão final sobre todos os 20 ainda não foi tomada. As aeronaves devem ser entregues entre 2022 e 2025. Além das 20 unidades firmes, a Lufthansa tem opções para outras 20.

Mais um ano delicado

O grupo relatou um prejuízo líquido de $6,7 bilhões de euros em 2020 e uma queda de 63% na receita total, causada por uma queda de 75% no número de passageiros.

A transportadora alemã disse que, apesar das perdas massivas, sua situação financeira era estável graças a uma combinação de financiamento de mercado e ajuda governamental. A própria Lufthansa sacou 3,3 bilhões de euros do auxílio estatal, menos de um terço do montante total. 1 bilhão de euros já foi reembolsado graças ao capital levantado por meio de uma colocação de títulos.

“O Grupo Lufthansa está bem financiado para 2021. Isso também é ajudado pelos elementos anteriormente não utilizados do pacote de estabilização, que podemos utilizar conforme necessário para fortalecer ainda mais nosso balanço patrimonial”, disse o diretor financeiro Remco Steenbergen.

No futuro, o grupo considerará a venda de subsidiárias não essenciais que estão apenas vagamente alinhadas com seu negócio principal. Nenhum detalhe foi dado.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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