O governo de Madagascar anunciou a venda de suas duas aeronaves Airbus A340-300 por cerca de US$ 2 milhões a uma empresa chinesa. As aeronaves, que já não voavam há muito tempo, estavam à venda desde março de 2024, e a transação ajuda a reduzir parte da dívida da companhia.
O presidente da Air Madagascar tomou a decisão de colocar os A340-300 à venda em março do ano passado, e o que inicialmente parecia uma transação complexa foi finalizado de forma discreta.
A venda não apenas permite que o governo equilibre algumas de suas obrigações financeiras, mas também sinaliza uma mudança nas operações da aviação do país, focando na recuperação e no fortalecimento da companhia aérea nacional.
Os recursos obtidos com a venda dos A340-300 serão depositados em uma conta vinculada, destinada ao pagamento das dívidas com credores. “Qualquer movimentação financeira deve ser realizada em conjunto com o Trustee e o juiz supervisor designado para este fim”, afirmou Valéry Ramonjavelo, Ministro dos Transportes e Meteorologia, em um comunicado divulgado pelo site 2424.mg.
Venda incomum
Atualmente, não há empresas chinesas operando o Airbus A340 e, por se tratar de uma aeronave quadrimotor em obsolescência, por ser menos econômica, a compra pela empresa chinesa pode ser considerada incomum.
Como o processo foi discreto e não houve anúncio sobre a futura utilização da aeronave, então não há certeza sobre o seu destino.
O jato poderia ser usado para fazer voos, de fato, na China (o que parece improvável), servir de fonte de peças de reposição aos atuais operadores ao redor do mundo (que são poucos), ou até mesmo serem enviados ao Irã, que procura constantemente aeronaves em triangulações comerciais que passem longe das sanções americanas.
