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Em novembro, turista só desembarca no Catar se tiver ingresso para a Copa

Apesar de ter gasto estimados US$ 200 bilhões com a Copa do Mundo de 2022, o torneio mais caro já realizado, o Catar lida com dificuldades por conta de sua falta de espaço. O pequeno país, portanto, está tendo que criar regras que não existiram em eventos anteriores como, por exemplo, fechar suas fronteiras para quase todos os visitantes, exceto os titulares de ingressos para os jogos.

Esta é a mais recente tentativa de ter alguma chance de lidar com o fluxo maciço de torcedores esperados durante as quatro semanas do torneio de futebol, que começa em 20 de novembro e vai até 18 de dezembro de 2022. O país simplesmente não tem como dar conta dos milhões de visitantes esperados (por falta de acomodações e infraestrutura) e, portanto, coloca as restrições.

Na quinta-feira (22), o Ministério do Interior do Catar anunciou que estava tomando medidas drásticas. O país ‘suspenderá’ a entrada de visitantes a partir de 1º de novembro de 2022 até 23 de dezembro de 2022.

Durante esse período, apenas cidadãos do Catar ou portadores de carteira de identidade poderão cruzar a fronteira por terra, mar ou ar. Certos portadores de visto, essenciais para manter a economia do país em funcionamento, bem como um número limitado de casos humanitários também poderão entrar.

A única outra exceção será para os visitantes que já garantiram um ingresso para uma partida da Copa do Mundo da FIFA. Todos os titulares de ingressos para jogos também devem solicitar um visto especial conhecido como ‘Hayya Card’ que lhes dará entrada no Catar, acesso aos estádios e viagens gratuitas em transporte público.

Diante do fato de que o país não tem espaço suficiente para receber até três milhões de torcedores que terão ingressos garantidos para o torneio, o Catar já anunciou um serviço de transporte para a Copa do Mundo que fará com que as companhias aéreas regionais operem até 160 voos por dia de e para Doha em dias de jogos.

Com tantos voos extras, o Catar foi também forçado a reabrir um antigo aeroporto de Doha, desativado há alguns anos, enquanto Al Baker disse que a transportadora nacional suspenderá ou reduzirá o serviço para cerca de 20 destinos para se concentrar no atendimento aos fãs de futebol.

O presidente-executivo da Qatar Airways, Baker Al Baker, se gabou no início deste ano de que o serviço de transporte permitiria que toda a região do Golfo compartilhasse os benefícios econômicos da Copa do Mundo, embora isso realmente signifique que Dubai, que já possui a infraestrutura necessária para lidar com o turismo de massa, poderia se beneficiar mais.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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