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Em três anos, mais de 40.000 voos decolaram ou pousaram quase vazios do Reino Unido

Avião Boeing 747-400F

Ao longo da pandemia, os chamados “voos fantasmas” ocuparam os céus da Europa e os noticiários, causando enorme polêmica. Uma análise do jornal britânico The Guardian indica que, nos últimos três anos foram mais de 5.000 deles apenas de e para o Reino Unido.

Isso significa que esses voos decolaram completamente vazios, apenas para “cumprir seus horários”, dado que a regra de slots da Europa pede que as empresas realizem um alto percentual de voos no horário programado, caso contrário, podem perder os direitos de decolagem e pouso. No começo da pandemia, esse percentual era de 80%.

Além destes, outros 35.000 voos comerciais operaram quase vazios desde 2019, com menos de 10% dos assentos ocupados, segundo análise de dados da Autoridade de Aviação Civil (CAA). Isso perfaz um total de cerca de 40.000 “voos fantasmas”.

Em um trimestre durante a pandemia, por exemplo, 62 aviões vazios deixaram o aeroporto de Luton para a Polônia, enquanto em outro, o aeroporto de Heathrow viu 663 voos quase vazios indo e vindo dos EUA. 

Dada a polêmica, os percentuais requeridos pela regra de slots acabaram sendo revistos, mas ainda seguem gerando “voos fantasmas” pela Europa. O número total do Velho Continente, no entanto, ainda não foi divulgado, mas pode facilmente elevar esse número para a casa da centena de milhares.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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