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Embraer apoia processo contra a Boeing por contratação de brasileiros

Antes quase unidas hoje brigam na justiça

A disputa judicial entre a Embraer e a Boeing agora se entende para a área trabalhista. Como noticiado esta semana, a abertura de um escritório da Boeing em São José dos Campos, mesmo após desistir da compra da divisão de jatos comerciais da Embraer, tem criado um grande atrito no setor aeroespacial.

O motivo é que a Boeing tem oferecido dezenas de vagas, visando principalmente aos engenheiros aeroespaciais com experiência no setor. Mesmo sem promessa de irem para os EUA ou ganharem em dólar, a oferta da fabricante americana é tratada como “irrecusável” para muitos, que terão salário maior, ambiente novo e projetos ambiciosos.

Isso tem causado um êxodo de engenheiros, que saíram de indústrias brasileiras no Vale do Paraíba, para a Boeing. O movimento foi tão forte que tem atrapalhado a rotina das empresas locais, que não conseguem repor ou reter funcionários.

Por conta disso, duas associações de indústrias aeroespaciais e de defesa decidiram ir à justiça para tentar barrar esse movimento, alegando “risco a sobrevivência dessas empresas e, sobretudo, ameaça a soberania nacional” já que os engenheiros estavam em projetos sensíveis da área de defesa do Brasil. E a Embraer agora declarou apoio ao processo, como reporta o portal parceiro Aviacionline.

Estima-se que mais de 200 engenheiros brasileiros que estavam empregados em indústrias nacionais foram para a Boeing. A fabricante brasileira de aviões que está no centro do sistema aeroespacial brasileiro, afirmou que “apoia a ação judicial iniciada contra a Boeing, seguindo as instâncias do caso sabendo que é um assunto de interesse nacional”.

A ação judicial não foi detalhada, mas se apoia no fato de que os engenheiros brasileiros trabalhando em massa para uma empresa estrangeira comprometeriam projetos nacionais de defesa, e logo a soberania, mesmo sem nenhum indicativo até o momento de vazamento de informações sigilosas.

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