Enquanto participa de uma feira aeronáutica na Austrália, a Embraer vê com otimismo os recentes pedidos para suas aeronaves, provenientes de empresas de países localizados na região da Ásia-Pacífico. Nesse contexto, o vice-presidente da Embraer para a Ásia-Pacífico, Raul Villaron, falou à FlightGlobal no Avalon Airshow sobre seus esforços para penetrar no mercado asiático.
Villaron acredita que os principais impulsionadores do crescimento no Sudeste Asiático e no Sul da Ásia são as companhias aéreas de baixo custo, que tendem a se fixar em tipos únicos de aeronaves. O executivo notou que houve uma mudança no mercado para voos mais curtos em aeronaves regionais, incentivada pela pandemia.
Ele também observou que vários mercados no Sudeste Asiático não são atendidos por aeronaves da Airbus incluindo o A220) e Boeing devido à restrição de peso e resistência da pista, bem como ao tamanho da pista, mas que os jatos da Embraer teriam condições de realizar voos com segurança.
Todos esses são os principais argumentos de venda da fabricante brasileira para os clientes asiáticos. No momento, a Embraer tem aeronaves voando com todas as principais companhias aéreas da Europa, dos Estados Unidos, da África e do Oriente Médio, mas sua entrada na Ásia-Pacífico ainda é limitada.
Alguns grandes passos na Ásia-Pacífico, porém, aconteceram em fevereiro, quando a Alliance Air da Austrália anunciou a compra de 30 Embraer E190-E1 (de segunda mão) por meio de um acordo de compra e venda com a arrendadora irlandesa AerCap, e a Scoot, companhia aérea de baixo custo de Cingapura, anunciou que receberá nove Embraer E190-E2 novos de fábrica, através de um acordo com a arrendadora Azorra. Isso tornará a Scoot a primeira operadora da família E2 do Sudeste Asiático.
