Embraer fecha 2022 com prejuízo de R$ 953,6 milhões e projeta números para este ano

Imagem: Embraer

A Embraer, fabricante de aeronaves brasileira, encerrou o ano de 2022 com um prejuízo de R$ 953,6 milhões movidos, principalmente, pelas despesas financeiras do balanço. Em termos de resultado operacional, a empresa teve um prejuízo de R$ 158,4 milhões. No ano de 2021, os resultados do exercício e o operacional foram de -R$ 274,8 milhões e +R$ 166,8 milhões, respectivamente.

A carteira de pedidos firmes a entregar ao final do 4T22 chegou a US$ 17,5 bilhões, US$ 500 milhões a mais do que no ano anterior. O book-to-bill também foi maior na Aviação Executiva e Serviços e Suporte.

A Embraer prevê para 2023 entregas de jatos comerciais entre 65-70 aeronaves, entregas de jatos executivos entre 120-130 aeronaves, receitas na faixa de US$ 5,2 a US$ 5,7 bilhões, margem EBIT ajustada de 6,4% a 7,4%, margem EBITDA ajustada de 10,0% para 11,0%, e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 150 milhões ou mais para o ano.

Os resultados abaixo devem ser lidos junto com os comentários publicados pela empresa em seu site de Relações com Investidores.

Resultados do 4T22

A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2022 com 80 aeronaves entregues, 30 comerciais e 50 executivos, sendo 33 leves e 17 médios. O aumento foi de 12,7% em relação a 2021, em meio a restrições significativas na cadeia de suprimentos.

A receita atingiu R$ 10,5 bilhões no trimestre, 44% acima do registrado em 2021. O EBIT ajustado foi de R$ 872 milhões, 167% superior ao ano anterior, e as margens EBIT e EBITDA alcançaram 8,3% e 11,5% no 4T22, respectivamente. O fluxo de caixa livre ajustado sem a EVE (FCF) no 4T22 foi de R$ 3.060,9 milhões, o que resultou em um FCF anual de R$ 2.735,2 milhões em 2022.

A relação Dívida Líquida sem EVE/EBITDA Ajustado também reduziu de 4,0x em 2021 para 2,1x em 2022. A Embraer encerrou 2022 com resultados acima do esperado, impulsionados pelo volume/mix, pela eficiência empresarial e fiscal, e parcialmente compensada por provisões e despesas.

O número de entregas de aeronaves aumentou 12,7% em relação a 2021, e a carteira de pedidos firmes a entregar chegou a US$ 17,5 bilhões. A relação Dívida Líquida sem EVE/EBITDA Ajustado diminuiu de 4,0x em 2021 para 2,1x em 2022, com forte desempenho de FCF e EBITDA. Para 2023, a Companhia prevê entregas de jatos comerciais e executivos, receitas, margens e fluxo de caixa livre ajustado acima de US$ 150 milhões.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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