Embraer poderia reabrir fábrica na China se conseguir venda de jatos E2

A Embraer estaria disposta a voltar a fabricar aviões na China, desde que conte com um bom contrato com as companhias aéreas do principal parceiro comercial do Brasil.

Imagem: Embraer

De 2003 até 2017 a fabricante brasileira tinha parceria com a chinesa Harbin Aircraft Manufacturing Corporation para a montagem final de jatos ERJ-135, ERJ-145 e Legacy 650. O negócio acabou sendo desfeito por falta de encomendas no mercado local (considerando também a idade avançada do projeto).

Esta parceria poderia voltar agora, segundo o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, revelou à Aviation Week. Para executivo, a empresa considera ter uma filial chinesa novamente, se tiver um grande pedido de novos jatos E2.

“Uma linha de montagem final, um centro de finalização, esta é a mensagem para a próxima semana”, afirmou Francisco, citando que a Embraer fará parte da comitiva brasileira que visitará a China nos próximos dias, apesar do Presidente Lula ter desistido da viagem por causa de uma pneumonia.

Este tipo de acordo é comum no mundo aeronáutico, principalmente no de Defesa, mas também no civil. O próprio Brasil fez, como exigência para compra de caças, a criação de uma linha de montagem final junto da Embraer no país, o que aconteceu com a SAAB em Gavião Peixoto e São Bernardo do Campo.

Já a Índia tem feito isso repetidas vezes e hoje procura a Embraer para uma parceria, até mais abrangente. A Airbus, por sua vez, tem uma fábrica completa nos EUA para atender o mercado local, e uma linha final de montagem na China, assim como a Boeing.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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