Patrulhar a tensa fronteira entre a Índia e o Paquistão pode ser uma das próximas funções do avião de ataque brasileiro Super Tucano, fabricado pela Embraer.

O conflito entre os dois países, que disputam territórios de fronteira onde até mesmo combates aéreos terminaram em aviões abatidos e soldados mortos, de tempos em tempos volta à pauta dos noticiários. Como uma escalada por ocorrer a qualquer momento, os dois lados se armam e a Embraer pode se beneficiar disso.
A fabricante brasileira de aeronave tem aeronaves de sua fabricação de ambos os lados da fronteira. Especificamente com a Índia, a Embraer já fez negócios para venda de jatos de alerta aéreo antecipado E145 AEW&C. A ideia agora é ampliar a parceria e possivelmente abrir algum tipo de fábrica no país, que seria uma peça chave para aumentar a presença da fabricante no sudeste asiático.
“Além de aumentar a produção local, a Embraer pode ajudar a Índia a se tornar um fornecedor essencial na cadeia global de defesa”, afirmou Caetano Neto, Executivo Chefe da Embraer Defesa e Segurança para a Ásia, Pacífico e África.
Segundo reporta o portal financeiro Mint, o executivo brasileiro tem suas primeiras apostas no caça de ataque A-29 Super Tucano, que ajudaria na patrulha da fronteira terrestre (especialmente com o Paquistão), além de ser um ótimo vetor para a Marinha e Guarda Costeira da Índia e a própria força aérea do país.
O Super Tucano hoje é o caça mais utilizado nos conflitos assimétricos, com experiência de combate na Colômbia e Afeganistão, atuando contra grupos armados extremistas. Outras apostas da Embraer na Índia incluem o cargueiro militar KC-390 Millenium e a venda de radares para o Exército e Marinha.