Desde meados do ano passado, sabe-se que o Grupo Lufthansa, sediado na Alemanha, está considerando fazer grandes encomendas de aeronaves regionais para substituir seus E-Jets, Bombardier CRJ e Airbus A319 mais antigos. A Embraer acredita ter boas chances de fornecer parte desse lote e isso foi reforçado novamente.
Uma das principais forças motrizes da Embraer é o mercado dos EUA. Com seu E175, a fabricante brasileira se beneficiou de limites regulatórios para vender a aeronave a diversos clientes. Na Europa, a Embraer está particularmente interessada na Polônia, Alemanha, Áustria e Suíça, reporta o site suíço aeroTELEGRAPH.
A companhia aérea nacional polonesa, LOT, opera 44 E-Jets, enquanto o Grupo Lufthansa opera 71 aviões regionais menores – 43 Embraer E-Jets da primeira geração e 28 Bombardier CRJ 900. O processo de decisão sobre a renovação da frota regional da Lufthansa foi atrasado pela pandemia.
No entanto, Michal Nowak, responsável pela área de Vendas na Europa e Ásia Central da Embraer, acredita que a decisão será tomada nos próximos um a dois anos. Nowak acredita que a Lufthansa precisa de mais de 50 aeronaves para implementar seus planos, bem como a possibilidade de substituir os 88 Airbus A319.
Ao mesmo tempo, ele argumenta que os jatos E2 da Embraer têm a vantagem de serem mais leves, com asas menores e mais silenciosos. Apesar do E195-E2 ter um alcance menor, é mais barato para voos típicos na Europa, que não requerem um longo alcance.
Por fim, o Grupo Lufthansa quer ter um terceiro fornecedor além da Airbus e da Boeing e, para isso, precisa dos brasileiros. O pedido provavelmente deve incluir o Airbus A220, Embraer E2 e A320 Neo.
