Embora Tim Clark tenha dito que a Emirates Airline esteja interessada em associar-se a uma grande empresa estadunidense, tem que ver se a recíproca é verdadeira, já que as companhias do Oriente Médio vivem em “pé de guerra” com as americanas há anos, as quais alegam que subsídios concedidos prejudicam a concorrência.
A notícia surgiu na mídia mundial após a participação de Sir Tim Clark num evento online organizado pela Aviation Week na tarde desta terça-feira (2). Segundo reportes, a emblemática empresa aérea emiradense estaria disposta a iniciar conversas para associar-se a uma empresa americana.
Ele não detalhou que tipo de associação seria essa, embora possa ser de codeshare. Hoje, a Emirates já possui alguns acordos de compartilhamento de código com várias empresas do mundo, inclusive com as americanas Alaska Airlines e a JetBlue, mas nenhuma das “Big 3”: Delta, United e American Airlines.
A empresa do Oriente Médio já disse mais de uma vez que tem aversão a alianças e que prefere atuar sozinha e fazer parcerias bilaterais com outros parceiros mundo afora, de forma que seja conveniente a ambos. Como uma empresa global que conta com um número enorme de conexões, a Emirates busca empresas que lhe possam ajudar a encher os aviões, trabalhando como uma espécia de “feeders”.
Hoje em dia, apesar de contar com a Alaska e a JetBlue nesse papel, ainda lhe falta um parceiro estadunidense de altíssima capacidade, de uma forma que apenas as três grandes conseguiriam.
Agora, resta saber para onde caminha esse tema. Clark não comentou sobre conversas iniciadas ou em progresso, mas apenas expressou um desejo. Resta saber se as americanas, que sempre reclamaram veementemente da Emirates, vão concordar.
Apenas o fato dele tocar no assunto já é um sinal dos novos tempos. Se uma parceria como essa for fechada, então saberemos que o mundo está realmente mudado.
