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Emitidas as primeiras especificações do mundo para projetos de vertiportos

Aeronave VTOL pousando em um vertiporto – Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Embraer

A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA – European Union Aviation Safety Agency) informa nesta quinta-feira, 24 de março, que publicou a primeira orientação do mundo para o projeto de vertiportos, a infraestrutura terrestre necessária para a operação segura de serviços de mobilidade aérea urbana, como táxis voadores, em locais em toda a Europa, inclusive em áreas urbanas.

O documento Prototype Technical Design Specifications for Vertiports oferece orientação aos planejadores urbanos e tomadores de decisão locais, bem como à indústria, para permitir o projeto seguro de vertiportos que atenderão a esses novos tipos de aeronaves de decolagem e pouso na vertical (VTOL), que já estão em um estágio avançado de desenvolvimento.

“A mobilidade aérea urbana é um campo completamente novo da aviação e, portanto, temos uma oportunidade única de desenvolver um conjunto de requisitos de infraestrutura do zero”, disse Patrick Ky, diretor executivo da EASA. “Com a primeira orientação do mundo para operações seguras de vertiportos, a ambição da EASA é fornecer às nossas partes interessadas o ‘padrão ouro’ quando se trata de projetos de vertiportos seguros e estruturas operacionais. Ao harmonizar o design e os padrões operacionais para os vertiportos, apoiaremos a indústria europeia, que já está começando a embarcar em projetos interessantes na Europa e em todo o mundo para tornar a nova mobilidade aérea urbana uma realidade”.

Muitos vertiportos serão construídos dentro ou perto das cidades e a orientação oferece soluções novas e inovadoras especificamente para esses ambientes urbanos congestionados.

Uma inovação notável é o conceito de uma área em forma de funil acima do vertiporto, designada como “volume livre de obstáculos”. Este conceito é adaptado às capacidades operacionais das novas aeronaves VTOL, que podem realizar pousos e decolagens com um segmento vertical significativo. Dependendo do ambiente urbano e do desempenho de certas aeronaves com capacidade VTOL, trajetórias omnidirecionais para vertiportos também serão possíveis.

Imagem: EASA

Tais aproximações podem levar em conta mais facilmente as restrições ambientais e de ruído e são mais adequadas para um ambiente urbano do que as operações convencionais de heliporto, que são limitadas nas aproximações que podem ser aplicadas com segurança.

Esta orientação foi desenvolvida sob a liderança da EASA, trabalhando em cooperação com as principais empresas de vertiportos e fabricantes de VTOL do mundo, e com o apoio de especialistas dos Estados-Membros europeus.

O próximo passo é uma tarefa de regulamentação em grande escala (RMT.230) durante a qual a EASA desenvolverá todo o espectro de requisitos regulatórios para garantir operações de vertiportos seguras. Isso incluirá não apenas especificações detalhadas de projeto, mas também requisitos para as autoridades supervisionarem as operações de vertiporto, bem como requisitos organizacionais e operacionais para operadores de vertiporto.

Informações da EASA

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