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Empresa aérea acusou passageiro de traficar sua esposa branca em plena lua de mel

Imagem: Alan Wilson / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

A American Airlines foi processada por acusar de forma falsa um policial aposentado de tráfico humano de sua própria esposa durante um voo de Phoenix a Miami, nos Estados Unidos. A alegação é de que a prisão do casal ocorreu com base em um suposto preconceito racial, uma vez que o ex-policial era afro-americano e sua esposa, branca.

A ação foi registrada no início deste mês em um tribunal de Miami por Anthony Williams, que estava acompanhando sua esposa Katsiaryna Shasholka em sua lua de mel no voo AA-2408 da American Airlines, realizado em 13 de setembro de 2022.

O casal apresentou fotos mostrando-os sorrindo e tranquilos enquanto se aproximavam um do outro dentro do avião, antes de um outro passageiro fazer a falsa acusação de tráfico humano contra Anthony, alegando que ele estava traficando sua esposa.

Ao receber a denúncia, no entanto, os comissários de bordo não questionaram o casal nem realizaram qualquer investigação. Em vez disso, eles informaram às autoridades que Anthony estava traficando a própria esposa. Quando o avião pousou, o casal foi então preso de maneira indevida pelos funcionários da companhia aérea e retirado da aeronave pela polícia.

Anthony e Katsiaryna, constrangidos e confusos, alegaram que não só passaram por uma humilhação pública, mas também enfrentaram ataques de pânico, dificuldades para dormir e perdas financeiras devido à situação, informou o PYOK, que acessou os autos do processo.

O processo também aborda outros incidentes envolvendo passageiros da American Airlines que foram vítimas de falsas acusações de tráfico humano ou alvo de perfil racial por parte dos empregados da empresa.

Um ano depois de Anthony ser acusado, o músico David Harris, guitarrista da banda de John Mayer, foi acusado de traficar seus próprios filhos, após uma comissária de bordo levantar suspeitas devido ao fato de os filhos de David serem “birraciais”.

Em outro episódio, uma juíza aposentada de 70 anos, afro-americana, relatou que foi instruída a usar o banheiro da classe econômica por um comissário de bordo que não gostou de como ela fechou a porta do lavabo, e depois foi fisicamente agredida quando ignorou sua ordem.

Acusações de tráfico humano são especialmente delicadas e têm gerado situações complicadas para diversas companhias aéreas dos Estados Unidos. Coincidentemente, janeiro é o mês de conscientização sobre o tráfico humano, e os comissários de bordo têm sido orientados a reportar qualquer suspeita diretamente às autoridades, sem tentar investigar os casos por conta própria.

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Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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