Em meio às sanções de restrições de tráfego aéreo impostas de ambos os lados entre a União Europeia e a Rússia por conta da guerra na Ucrânia, quem saiu perdendo não foram apenas as empresa aéreas russas, mas também uma baseada na Alemanha.
Depois que os países europeus determinaram que nenhum avião registrado sob matrícula russa ou operado por empresa russa poderia utilizar o espaço aéreo da União Europeia, uma decisão posterior impôs a sanção também à companhia CargoLogic Germany, baseada em Leipzig, Alemanha.
Isso aconteceu porque a empresa, apesar de operar apenas na Europa, tem como proprietário Alexey Isaikin, um cidadão de nacionalidades cipriota e russa, que é dono também do grupo Volga-Dnepr, baseado na Rússia.
Segundo reportou o mdr.de, o Ministério Federal dos Transportes da Alemanha explicou que o atraso na implementação da proibição de voos à CargoLogic Germany em relação às demais empresas russas aconteceu porque estava sendo examinada a estrutura de propriedade das aeronaves da companhia registradas na Alemanha e, neste caso, uma contestação legal da empresa. Isso inicialmente exigiu esclarecimentos legais da Comissão Europeia.
De acordo com o Aerotelegraph, os Boeings 737-400 cargueiros da CargoLogic Germany, de matrículas D-ACLG, D-ACLO, D-ACLW e D-ACLX, estão estacionados em Budapeste, Katowice, Helsinque e Ostrava.
Embora sem nenhum anúncio, outra companhia que também pertence ao grupo de companhias de Alexey Isaikin, a CargoLogicAir, baseada no Reino Unido, parou seus dois únicos aviões, modelo Boeing 747-400F e matrículas G-CLAA e G-CLBA, no mesmo momento em que a “irmã” alemã foi proibida de decolar.
Assim, o mercado global de carga aérea, já bastante afetado por haver menos aviões disponíveis do que a alta demanda existente, passou a ter seis jatos cargueiros a menos na Europa ao longo deste mês de março.
