Em entrevista sobre os resultados do 3º trimestre de 2024, o CEO da Alaska Airlines anunciou que revisou suas expectativas de crescimento de capacidade para o próximo trimestre devido a atrasos nas entregas da Boeing, agravados pela greve dos trabalhadores da fabricante.
Após a suspensão das entregas do modelo 737 MAX 8 e 9 no início do ano, a empresa já havia revisado suas previsões de expansão para 2024, mas agora, com os novos contratempos, ajustou novamente suas projeções.
Inicialmente, a Alaska Air Group previa um crescimento de capacidade anual inferior a 2,5% para 2024. No entanto, com os atrasos adicionais, a previsão foi reduzida para menos de 2%. No quarto trimestre, o crescimento combinado de capacidade da companhia aérea deve ficar entre 1,5% e 2,5%, com a rede tradicional praticamente estável em relação ao ano anterior e a rede da Hawaiian com crescimento estimado entre 7% e 8%.
Questionado sobre a possibilidade de expandir os direitos de compra de aeronaves Airbus A321neo da Hawaiian Airlines, o CEO afirmou que a decisão sobre a frota futura dependerá das operações da Boeing:
“Estamos familiarizados com o A321 e suas capacidades, e o planejamento de nossa frota futura será influenciado pela capacidade da Boeing de retomar a produção do 737 MAX e certificar a versão MAX 10 conforme o cronograma”, declarou Ben Minicucci, Presidente e CEO da Alaska Airlines Group.
No passado, a Alaska Airlines já operou os jatos A321neo, herdados da Virgin America, a última aquisição do grupo. Porém, mesmo sendo aeronaves literalmente novas, ela acabou tirando da frota para padronizar a operação apenas com os modelos 737 Next Generation e MAX, mantendo o slogan “orgulhosamente 100% Boeing”, que sempre foi um aceno ao público da sua sede, que fica no estado de Washington, onde os jatos são fabricados.
Vale lembrar que a Alaska Airlines também opera jatos Embraer E175-E1, mas não os considera para o slogan porque são da aérea regional HorizonAir, que tem um “Tax ID” e Certificado de Operador Aéreo distinto.
