Um grande cliente da Embraer acabou reduzindo em algumas dezenas o seu pedido de novos jatos e o motivo dado é um velho conhecido as regionais americanas.
A fabricante brasileira domina com folga o mercado regional americano, principalmente com o seu E175-E1, o maior jato a se enquadrar nos regulamentos dos sindicatos de pilotos para aviões de empresas terceirizadas regionais dos EUA.
Voando exclusivamente com jatos Embraer E170 e E175 de primeira geração, a Republic Airways é a segunda maior empresa regional dos EUA, com pouco mais de 200 aeronaves, ficando atrás apenas da SkyWest, que apesar de não ter uma frota 100% composta de aviões produzidos no Brasil, tem a maior frota de jatos brasileiros no mundo.
No entanto, as duas, apesar de serem grandes concorrentes e operarem em nome das regionais American Eagle, Delta Connection e United Express, possuem um problema pertinente na indústria americana: a falta de pilotos.
Isto seria o principal motivo para que a Republic cancelasse 31 pedidos, de um total de 100 E175-E1 encomendados junto à Embraer. A queda nos pedidos foi notada na divulgação dos resultados do último trimestre e confirmado pela Embraer à FlightGlobal.
“As empresas entraram em acordo mútuo para reduzir o total da encomenda para 69 unidades em aberto. Para a Embraer, isto libera de maneira rápida os slots de produção para o E190-E2 e E195-E2 no próximo ano e para 2024”, afirmou a companhia brasileira.
Ao citar a programação da linha de produção, a Embraer dá a entender que a Republic não apenas reduziu o número de pedidos, mas fez isso com as aeronaves mais próximas de serem produzidas, sendo de fato postergando algumas entregas, igual a Skywest tem feito.
