Início Mercado

Empresa aérea cancela nova rota porque ninguém quer chegar próximo de seus aviões

A empresa bielorrussa Belavia cancelou o lançamento de uma tradicional rota de verão entre Minsk e Tel Aviv, porque as empresas de ground handling no aeroporto israelense se recusaram a atender a companhia aérea sancionada. Embora a aérea tenha dado a entender que a decisão foi causada pela retirada da licença pelas autoridades, fontes esclareceram ao jornal Israel Hayom que tal proibição não foi emitida. 

Em vez disso, as empresas que prestam assistência em terra no aeroporto de Tel Aviv não estão dispostas a arriscar atender à aérea e se expor às novas sanções dos EUA, colocadas após a invasão russa da Ucrânia. Lembrando que a empresa já havia sido sancionada antes (pela Europa) quando, em maio de 2021, forçou uma aeronave da Ryanair a pousar em Minsk, com objetivo de prender um opositor ao governo bielorrusso, num caso que ganhou repercussão mundial.

Como a guerra mais recente levou ao fechamento do espaço aéreo, não apenas na Ucrânia, mas também no oeste da Rússia, a companhia aérea teve que replanejar sua malha aérea e desejava voar para Israel com uma parada técnica no aeroporto de Baku, no Azerbaijão. Os voos, que estavam suspensos desde 17 de fevereiro, seriam retomados seguindo uma nova rota, e levariam cerca de 9 horas, ao contrário de cerca de 3 horas quando voados diretamente. 

Agora, por ocasião da mudança de planos, a companhia aérea emitiu uma nota se dizendo surpresa. “Com base na permissão emitida [anteriormente], a companhia aérea começou a vender passagens para novos voos, o primeiro dos quais estava programado para 2 de junho. A súbita decisão israelense de cancelar os acordos anteriores é surpreendente”, disse o presidente-executivo Igor Cherginets.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
Sair da versão mobile