O residente de Quebec, Jean-Pierre Beaudoin, apresentou uma queixa oficial contra a Air Canada por infração à Lei de Idiomas Oficiais de 1969, que exige serviço bilíngue em todos os pontos de contato da viagem. A Air Canada é uma das organizações mais reclamadas no Canadá por supostas violações a esta regra.
Beaudoin embarcou em um voo da Air Canada de Quebec para Fort Lauderdale, que tinha um comissário de bordo que só falava inglês. Embora ele seja bilíngue, queria ser tratado em francês, outro idioma oficial do Canadá.
O comissário de bordo então ofereceu a ele a opção de deixar o avião ou ser atendido por um comissário unilíngue. Beaudoin disse à TVA nouvelles que “para ele, é uma questão de princípio” e enviou sua reclamação ao órgão regulador de línguas oficiais.
A Air Canada contrata hoje apenas comissários de bordo bilíngues, mas os tripulantes que trabalham na cabine da Primeira Classe são antigos funcionários da Canadian International Airlines, que ingressaram na Air Canada em 2001. No ano passado, mais de 2.000 reclamações foram feitas contra a Air Canada, principalmente devido à falta de serviço em francês.
A Política Oficial da Air Canada é que um comissário de bordo deve procurar imediatamente a ajuda de um colega bilíngue em caso de não poder atender alguém no idioma de sua preferência. A empresa nega que o comissário de bordo tenha dado a Beaudoin a única opção de deixar o avião, argumentando que os membros da equipe que falavam francês estavam aptos e disponíveis para fornecer o serviço em francês.
Esse não é o primeiro caso. Em 2019, a Air Canada foi condenada a pagar US$ 21.000 a um casal francófono porque os cintos de segurança não tinham o equivalente francês de “LIFT” impresso na fivela. O presidente-executivo Michael Rousseau também foi alvo de críticas em 2021, depois de fazer um discurso em Quebec em inglês e pedir desculpas.
