Empresa aérea russa vai tirar 16 aviões Boeing 737 de operação por falta de peças

Avião Boeing 737-800 Pobeda
Boeing 737-800 da Pobeda – Imagem: Anna Zvereva / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

A companhia aérea russa de baixo custo Pobeda planeja parar de operar ao menos 16 de seus 41 jatos Boeing 737-800 até o final deste ano, a fim de lidar com a falta de peças de reposição, causada pelas sanções ocidentais após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Pobeda informou que fez esse movimento para garantir a segurança do voo, reduzindo sua frota operacional de 41 para 25 aeronaves, informou a Reuters, citando a Interfax.

O diretor geral interino da Pobeda, Andrei Yurikov, foi citado pela Interfax dizendo: “Para manter a segurança do voo, reduziremos a frota para 25 aeronaves. Os aviões restantes não voarão até o final do ano, para que as peças de reposição que temos em estoque durem até que as cadeias de suprimentos perdidas sejam restauradas”.

Portanto, ao menos por enquanto, entende-se que a companhia não irá “canibalizar” os aviões, retirando suas peças para utilizar nos demais, mas apenas reduzir as operações para que as peças já existentes em estoque sejam suficientes para as trocas necessárias.

A Pobeda é uma unidade de baixo custo da transportadora estatal russa Aeroflot.

Como publicado previamente pelo AEROIN, fabricantes ocidentais de aviões, incluindo, mas não restrito a, Boeing, Airbus e Embraer, anunciaram corte no suporte à indústria aeronáutica russa, com fim do apoio técnico e do envio de peças de reposição, entre outras medidas.

Além disso, a Rússia está autorizando várias das empresas aéreas do país a realizarem manutenções por conta própria em aviões ocidentais, mesmo sem o suporte dos respectivos fabricantes.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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