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Empresa aérea sobe os preços das passagens para que ninguém as compre

Uma prática de mercado interessante foi colocada em prática pela British Airways pouco antes deste final de semana. Como um último esforço para impedir que as pessoas comprassem voos para o sábado e domingo, a companhia retirou uma regra de auto ajuste de preços em seus sistemas para inflar todos eles.

Conforme relatado pelo Head for Points, os agentes de viagens receberam ordens para não vender mais passagens para voos de curta distância da British Airways na sexta e no sábado, a fim de atender aos limites de capacidade impostos pelo aeroporto de Heathrow. Lembrando que o maior aeroporto britânico sofre com a falta de funcionários em plena alta temporada, vindo a ser bastante criticado pela “falta de planejamento”.

A proibição, no entanto, também tem outra finalidade: ajudar a British Airways a manter lugares livres em seus voos para que realoque viajantes que tenham perdido seus voos em caso de problemas relacionados com o “caos” do aeroporto londrino.

“Por razões técnicas, simplesmente não podemos abrir o inventário da British Airways projetado para reacomodação de passageiros sem o efeito colateral de também permitir algumas vendas mínimas”, disse a companhia aérea a agentes de viagens em um e-mail na sexta-feira, que explicava por que os bilhetes ainda permaneceriam disponíveis em site da própria companhia aérea.

“Esteja ciente de que o objetivo desta ação adicional não é favorecer ou impulsionar vendas de última hora via ba.com em um momento em que operamos dentro de limites de capacidade estritos e incentivamos os clientes a mudar voluntariamente seus planos de viagem para datas alternativas”, continuou o e-mail.

A companhia aérea disse aos agentes de viagens que revisaria a medida na próxima semana e suspenderia a proibição “assim que possível”.

Até lá, as passagens de curta distância serão oferecidas apenas no valor mais caro. No sábado, um voo doméstico de ida de Heathrow para Manchester custava impressionantes £ 599, enquanto o curto salto para Paris custaria £ 668.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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