A ASA, o regulador de publicidade da Grã-Bretanha, proibiu a Etihad Airways, sediada em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), de veicular anúncios sobre “aviação sustentável” depois que a companhia aérea exagerou em suas credenciais ecológicas, relata a mídia britânica.
Duas reclamações de “greenwashing” foram feitas em relação a anúncios emitidos pela Etihad no Facebook em outubro de 2020. Um deles afirmava que a companhia aérea estava “adotando uma abordagem mais ousada e inovadora para a aviação sustentável” e o outro dizia que a Etihad havia sido premiada como “Companhia Aérea Ambiental do Ano para 2022“.
A Etihad alimentou essas mensagens com uma campanha global de marketing sob o slogan “aviação sustentável”. A campanha destacou iniciativas da companhia aérea para lidar com o impacto ambiental do voo, como a redução do uso de plásticos descartáveis e o investimento em aeronaves mais eficientes, como o Boeing 787 Dreamliner e o Airbus A350.
No entanto, a ASA não aceitou a argumentação da Etihad de que a mensagem de “aviação sustentável” era “amplamente entendida como um processo multifacetado e de longo prazo“. O regulador concluiu que, embora a Etihad tenha feito esforços significativos para se tornar mais sustentável, a indústria aérea ainda produz “altos níveis de emissões de CO2 e não-CO2 que estão contribuindo substancialmente para a mudança climática”.
Esta decisão sobre a Etihad mostra que os reguladores estão começando a apertar o controle sobre as empresas de aviação que tentam vender suas iniciativas de sustentabilidade. A ASA também criticou recentemente a companhia aérea de bandeira alemã Lufthansa por ter promovido alegações ambientais “enganosas”.
A Etihad deve remover os anúncios proibidos e evitar anúncios semelhantes que façam alegações de “aviação sustentável”. A companhia aérea ainda pode usar suas mensagens de sustentabilidade, desde que sejam verdadeiras, precisas e não enganem o público.