Jatos Boeing 737 serão vistos em breve com algumas modificações estéticas na superfície, dignas de um bodykit, cujo objetivo é a redução do consumo.
O anúncio conjunto foi feito pela aérea canadense WestJet e pela empresa de engenharia Aero Design Labs, que vinha estudando o modelo do 737 NG, o mais popular dos jatos da Boeing, a fim de achar pontos “imperfeitos” que prejudicam o fluxo de ar pela aeronave.
Para isso a empresa tem usado softwares avançados e mecânica de fluidos, e encontrou dois pontos que, se modificados, podem gerar menos arrasto, diminuindo o consumo e, consequentemente, a emissão de carbono.
Os pontos em questão são a carenagem dos flaps e a parte de trás da junção das asas e trem de pouso com o restante da fuselagem. Estas áreas, segundo a Aero Design Labs, tem ar turbulento e, se modificadas, permitirão um fluxo mais regular, necessitando menos esforço da aeronave “para cortar o ar”.
Originalmente, a carenagem do mecanismo que aciona os flaps do 737 tem a parte de trás reta, mas agora, com o “bodykit”, fica pontiaguda. Já a parte de baixo ficou mais reta, e quando pintada não dará a impressão de “casulo” do compartimento onde fica o trem de pouso principal.
As modificações são visíveis pelas partes amareladas que foram recém-instaladas num 737-700 da companhia, que ainda terá as modificações homologadas.
Chamado de ADRS 1 (Sistema de Redução de Arrasto Aerodinâmico 1) ele deverá ser aprovado para uso até o final do ano. Westjet e Aero Design Labs ainda não revelaram qual o percentual de arrasto e/ou consumo será reduzido de fato, e nem o custo da instalação deste kit, inédito no modelo.
