Uma empresa de cargas expressas foi multada em R$ 7.000 pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), por embarcar um produto perigoso a bordo de um voo comercial da Latam, sem o devido tratamento. Apenas após três horas de voo, no desembarque, é que ficou constatada a infração, que poderia ter colocado a segurança do voo ou dos profissionais de solo em risco.
Através do auto de infração de número 001809.I/2022, a ANAC justificou a multa à Prestex Encomendas Expressas, alegando que que o produto embarcado no Airbus A321 da Latam, que fez um voo de Fortaleza a Guarulhos em 8 de janeiro de 2022, embora não fosse proibido pela regulamentação, não estava preparado corretamente, em dissonância com os procedimentos esperados.
Na ocasião, a carga foi desembarcada da aeronave no pátio de Guarulhos e logo constatou-se que a caixa estava danificada e saía fumaça. O local foi cercado e a equipe especializada da empresa aérea foi acionada, a qual identificou que o pacote foi embarcado como sendo de peças em geral, mas a nota, por sua vez, dizia produtos químicos. Segundo documentos vistos pelo AEROIN, um funcionário da Latam teria passado mal e apresentado ferimentos no rosto, sendo encaminhado ao hospital após manuseio da caixa.
A LATAM Cargo informou que está apurando os fatos.
Tal situação configurou desacordo com os requisitos dispostos no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil – RBAC 175, no qual a empresa de carga expressa apresentou artigo perigoso não devidamente declarado o qual, de acordo com o RBAC 175 da ANAC, não pode ser oferecido para transporte pelo modal aéreo sem estar devidamente embalado, etiquetado e documentado. A empresa citada ainda tem um prazo para apresentar sua defesa no caso.
