Voos de 15 a 19 horas (e, no futuro, até mais longos) sem escalas são parte do novo normal em muitos mercados de longa distância e o bem-estar ocupa um espaço maior do que nunca na decisão de viajar por uma ou outra empresa aérea. Nesse novo ambiente, as companhias aéreas são desafiadas a repensar continuamente a experiência dos usuários do seu produto.
Com base nisso, uma empresa de design está propondo às empresas aéreas que têm voos com essas características um conceito de assentos que objetiva criar valor para o produto oferecido a bordo. Batizado de Paradym, a proposta da Lift Aero Design busca sugerir uma nova configuração de cabine.
O projeto foi um dos finalistas do prêmio de design para interior de aeronaves Crystal Cabin Awards de 2022. Pela ideia, os assentos triplos extralargos multifuncionais substituiriam os quatro assentos atualmente na seção central das cabines econômicas. No A350, A380 e 777; por sua vez, os assentos duplos e triplos largos poderiam ser usados em uma configuração 3-3-2.
“Nós originalmente concebemos o Paradym pensando numa futura aeronave de corredor único, e a reação do mercado tem sido muito positiva”, disse Daniel Baron, diretor administrativo da LIFT Aero Design.
Para a Lift, o Paradym tem uma combinação de maior conforto para os passageiros com otimização de receita para as companhias aéreas.
“As companhias aéreas enfrentam constantemente o desafio de combinar a oferta com a demanda devido à incapacidade de converter rapidamente o hardware dos assentos“, disse Baron. “Nosso conceito simplifica a cabine enquanto ajuda os operadores a alavancar suas ferramentas de gerenciamento de receita existentes”.
Cada assento triplo permitiria à companhia aérea vender qualquer local na cabine como Econômica de conforto extra, Econômica Premium ou “Sofá” com uma superfície de dormir de 185 cm de comprimento. Isso permitiria que a maioria dos passageiros dormisse sem dobrar os joelhos.
Embora esse conceito certamente levante muitas questões, são projetos como esse que ajudam a desafiar a regra. A Lift, por sua vez, não é uma aventureira, mas já tem uma carteira de clientes (companhias aéreas) ao redor do mundo, para as quais fornece soluções que buscam melhorar a experiência do passageiro.
De fato, com cada vez mais voos ultralongos (acima de 12 horas), as empresas aéreas líderes buscarão por novas oportunidades que maximizem as receitas, aproveitando-se do apelo que os voos diretos já têm.
