A empresa VYZR Tech parece estar se preparando para uma guerra biológica, mas já quer testar seu novo traje de proteção contra a COVID. Pelo menos é que o que está prometendo seu novo projeto BioVYZR, que purifica o ar do usuário ao nível hospitalar, criando uma atmosfera exclusiva e blindando-o do contato com o ar externo.
O BioVYZR atualmente está numa pré-venda, custando US$ 250, e a empresa diz em seu site que pode finalmente dar às pessoas a confiança de fazer suas atividades normalmente, inclusive viajar de avião, enquanto totalmente protegidas contra vírus. O traje futurista, segundo a empresa canadense, deve começar a ser entregue no próximo mês.
O que há no traje
O BioVYZR é uma camada externa, projetada para fornecer um grau incomparável de proteção contra riscos aéreos. Seu design fornece um casulo de 360 graus para proteger seu espaço pessoal por todos os lados. Ele também possui um sistema interno de purificação de ar para filtrar patógenos, alérgenos e poluentes do ar que você respira. Ele usa a tecnologia Powered Air Purifying para criar uma pressão positiva
Segundo o fabricante, o BioVYZR é um tipo de EPI conhecido como Respirador Purificador de Ar (ou PAPR). Estes foram utilizados anteriormente apenas em ambientes industriais ou de saúde. Os principais benefícios do BioVYZR são:
- Protetor facial anti-embaçante com alta clareza óptica
- Superfície exterior fácil de limpar
- Colete de neoprene
- Duas correias laterais ajustáveis com fivelas
- Luvas reversíveis para tocar com segurança no rosto
- O ventilador dura mais de 12 horas com uma única carga
- Fonte de alimentação recarregável de 10.000 mAh
- Ventilador ultra silencioso com 3 configurações de fluxo de ar
- Inclui 1 embalagem de 10 recargas de filtro N95
- Tamanho único para a maioria (adultos). Tamanho infantil disponível.
- Compacto e Empacotável
- A porta USB permite alimentar o BioVYZR, esteja você parado ou em movimento, usando qualquer fonte de alimentação compatível com USB.
Uso em aviões
A empresa VYZR Tech destaca no site do produto que seu uso se aplica a qualquer ambiente fechado, inclusive aeroportos e aviões.
Hoje não há regras que impeçam alguém de usar esse equipamento extremo de EPI a bordo – afinal, esse é um novo produto no mercado, no entanto, dificilmente a pessoa poderá passar pelo Raio-X trajando uma roupa como essa, tendo que tirá-la para recolocar posteriormente.
Além disso, existem outras considerações de segurança além do risco de transmissão de vírus no ar que as companhias aéreas vão considerar. Em primeiro lugar, a questão de uma evacuação de emergência deve ser considerada e até que ponto um “trambolho” desse pode impactar a saída da aeronave, sobretudo num cenário em que várias pessoas estiverem usando o mesmo tipo de equipamento. Outra pergunta ocorreria para o raro caso de uma descompressão no meio do voo, onde cada segundo conta. Será que dá tempo de tirar esse capacete e colocar a máscara de oxigênio com agilidade.
Além disso, há a questão das comodidades ou necessidades básicas, como ficar sem comer, beber ou sem ir ao banheiro, por que o espaço dos toaletes são limitados. O próprio assento tem limitação de espaço e duas pessoas viajando lado a lado com esse equipamento poder enfrentar certo desconforto.
Yezin Al-Qaysi, co-fundador da VYZR Technology, no entanto, está convencido de que o BioVYZR é um design vencedor que se tornará popular no ‘novo normal’ que o COVID-19 criou. Segundo ele, a empresa já levantou mais de US$ 544.000 em investimentos para transformar o protótipo em realidade. Alega-se que mais de 50.000 compradores já encomendaram os dispositivos futuristas.
Em resumo
Novas ideias de dispersão e isolamento social a bordo das aeronaves têm sido oferecidas todos os dias, embora os jatos de passageiros mais modernos possuam sofisticados filtros que trocam o ar da cabine a cada par de minutos. No entanto, sempre haverá quem entende que isso não é o ideal e desejará mais proteção, sendo esse o nicho do BioVYZR.
Como tudo é muito novo, é impossível afirmar até que ponto esse equipamento será aceito pelas pessoas e nos aeroportos e aviões, no entanto, se os números da VYZR Tech estiverem corretos e mais de 50 mil pessoas já tiverem encomendado, ver passageiros com esse dispositivo será questão de tempo e caberá aos aeroportos e operadores aéreos encontrar uma forma de recebê-los nos aviões.