O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, está passando por grandes mudanças para ganhar uma nova cara, e, para isso, várias empresas estão sendo deslocadas.
Desde o início da última semana de outubro, inúmeros funcionários que trabalham na área dos hangares, tanto da aviação comercial como executiva, estão sendo avisados sobre as mudanças.
O motivo é que, para a construção do novo terminal, de área de pátio e de pistas de taxiamento, todos os hangares que estão hoje no pátio que fica próximo à Avenida Washington Luís serão demolidos. Esta área inclusive já foi de companhias históricas como a VASP e a Varig, e será transformada em um grande pátio para embarque remoto de passageiros.
Na imagem abaixo, disponibilizada pela AENA, administradora responsável por Congonhas, é possível notar, circulada em vermelho, a área aproximada hoje ocupada com hangares pelas companhias aéreas Azul, GOL e LATAM, e circulada em laranja a área ocupada pelos táxis aéreos Helisul, Líder e TAM.
Funcionários da GOL já estão sendo realocados para outros escritórios da empresa e é esperado que o setor de manutenção seja absorvido pelas instalações existentes em Confins (MG) e Brasília (DF).
Na LATAM a expectativa dos empregados é a realocação para os hangares em Guarulhos (SP) e São Carlos (SP). Já na TAM Aviação Executiva, a operação será concentrada no outro lado do pátio, onde a empresa já opera um hangar.
Outras empresas também estão analisando para onde deverão realocar o seu pessoal, tendo o Aeroporto de Guarulhos, o Campo de Marte, na capital paulista, o São Paulo Catarina, em São Roque (SP), e o de Sorocaba (SP) como opções mais imediatas.
Segundo fontes próximas da operação de Congonhas informaram ao AEROIN, o prazo final dado pela AENA é para o final de janeiro de 2025, quando a demolição da estrutura existente deverá ser iniciada, para iniciar as obras de construção dos novos pátios, taxiways e terminais. Elas estão previstas para serem concluídas até 2028, já contando também com o final da obra do monotrilho que conectará o aeroporto ao transporte público ferroviário, numa obra que se arrasta por décadas.
Entramos em contato com as empresas afetadas, sendo que a Azul e a GOL ainda não responderam ao nosso questionamento. Já a LATAM afirmou que não comentará o assunto.
A Líder Aviação informou que seguirá operando no Aeroporto de Congonhas, enquanto a Helisul confirmou a sua saída do aeroporto, conforme nota abaixo:
Devido à expansão das áreas de embarque e do pátio para linhas aéreas, a Helisul informa que encerrará suas operações em Congonhas. Foram 8 anos atuando neste aeroporto, uma marca que ficará para sempre na história da Helisul que completou 52 anos em 2024.
De acordo com Humberto Biesuz, superintendente executivo da Helisul, a tendência é que o uso de helicópteros para táxi aéreo se intensifique, sobretudo em São Paulo, por oferecer maior versatilidade em pousos e decolagens, que podem ser feitos nos diversos helipontos espalhados pela cidade, sem depender de pistas e de uma estrutura aeroportuária, além de reduzir a necessidade de deslocamento complementar com carro, evitando o trânsito e congestionamentos.
“Acreditamos que este mercado deverá ser atendido parcialmente por helicópteros, principalmente para quem vem de cidades mais próximas como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outras, otimizando os tempos de deslocamento entre o aeroporto e seu destino final na cidade de São Paulo”, disse Biesuz.
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