Fabricantes, empresas e especialistas que atuam na área de aeronaves não tripuladas (UAS, na sigla em inglês) estão sendo convidados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para que contribuam, com informações e sugestões, para a integração desses equipamentos às operações aéreas.
O objetivo, segundo explica o DECEA, é que os participantes apresentem as suas demandas para futuras tecnologias e regulamentações, participando ativamente da evolução do gerenciamento do tráfego de drones no Brasil.
As organizações interessadas devem acessar a página do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) para obter mais informações sobre os requisitos, prazos e procedimentos. Serão assinados memorandos de entendimento e Acordos de Confidencialidade para garantir a proteção das informações sensíveis fornecidas pelos participantes.
“Esses acordos visam estabelecer um ambiente seguro para o compartilhamento de conhecimentos, tecnologias e dados, impulsionando assim a colaboração efetiva entre os parceiros. Essa é uma oportunidade para que as empresas e especialistas contribuam com o avanço da tecnologia e com a regulamentação de UAS, impactando positivamente a indústria aeroespacial e a sociedade como um todo”, afirmou o Major Rodrigo Gonzalez Martins de Magalhães, chefe da Seção de Aeronaves Não Tripuladas do DECEA.
O cronograma do projeto prevê a realização de uma maratona de desenvolvimento, reuniões de simulações, prototipações e ensaios reais nos laboratórios do ICEA. Esses testes serão conduzidos em diferentes estágios, com base no Nível de Maturidade Tecnológica (Technology Readiness Level – TRL), escala de avaliação dos processos e tecnologias de uma empresa, com variação entre 3 e 6 pontos.
Essa ampla faixa de maturidade tecnológica vai permitir uma avaliação abrangente das soluções propostas, incluindo desde protótipos iniciais até sistemas mais avançados, prontos para implementação.
O gerente técnico do projeto, Primeiro-Tenente André Luiz Elias Melo, do ICEA, acredita que essa integração terá impacto significativo no desenvolvimento do gerenciamento de aeronaves não tripuladas no espaço aéreo brasileiro.
“Acredita-se que a colaboração entre o setor público e privado, juntamente com a academia, resultará em soluções inovadoras, seguras e eficientes para a integração de UAS nas operações aéreas”, finalizou.