Até o enorme Antonov 124 é usado para levar tanques de oxigênio para salvar a Índia

Diante da crise pandêmica, que se instalou no mundo há mais de um ano, a aviação cargueira tem sido uma ponte essencial para transportes de equipamento e suprimentos no combate ao coronavírus. E com o agravamento da situação na Índia, até o grande Antonov An-124 foi utilizado para levar ajuda.

Imagem: Embaixada da Índia na China

O gigantesco cargueiro Antonov An-124, uma das maiores aeronaves já construídas, foi usado recentemente para transportar suprimentos e tanques de oxigênio para a Índia, que sofre um momento desesperador e muito difícil por conta da COVID-19.

A operação, que contou com a aeronave operada pela companhia aérea russa Volga-Dnepr Airlines, começou no sábado, dia 1º de maio, quando a aeronave partiu de Tianjin, na China, para Hanói, capital do Vietnã, onde ficou mais de 16 horas no solo.

De acordo com dados registrados pela plataforma RadarBox, a aeronave então decolou do Vietnã às 21h45 UTC, com destino a Calcutá, na Índia, num voo de pouco mais de três horas.

Imagem: RadarBox

A aeronave com a matrícula RA-82046, já em solo indiano nas primeiras horas do domingo, dia 2 de maio, levou 12 contêineres com tanques para oxigênio medicinal líquido.

Imagens publicadas pela Embaixada da Índia em Pequim mostram parte da operação de carregamento dos tanques de oxigênio na China. Eles foram depois descarregados no Aeroporto Internacional Netaji Subhash Chandra Bose, que forneceu as instalações necessárias para a operação.

Imagem: Embaixada da Índia na China

Segundo o portal The Times Of India, os 12 tanques importados pela Linde, principal fabricantes de oxigênio medicinal na Índia, estavam vazios e foram transportados até Jamshedpur, a cerca de 280 km de distância do aeroporto, onde serão abastecidos com mais de 240 toneladas de oxigênio para serem distribuídos pelo país.

O voo chegou em um momento crítico para a Índia, que enfrenta sérias dificuldades em meio a uma segunda onda de infecção pela COVID-19 e batendo recordes de mortes. O país ainda sofre com deficiências e necessidades médicas, como oxigênio e ventiladores para ventilação mecânica em pacientes.

Diante de toda a dificuldade e incerteza que o país vem sofrendo, vários voos têm especiais têm levado suprimentos médicos essenciais, como fez o Boeing 747-8 da Lufthansa, que em três voos levou toneladas de equipamentos médicos na semana passada.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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